Coordenar cerca de 350 militares, 15 aeronaves e mais de 10 esquadrões vindos de norte a sul do País. Esse é um dos desafios do Exercício Operacional de Busca e Salvamento em Combate (CSAR). Manter a doutrina para que todas as unidades envolvidas possam atuar juntas e de maneira padronizada está entre os principais objetivos do exercício. A atividade é realizada a partir da Base Aérea de Campo Grande e vai até o próximo domingo (05/07).
O planejamento de um exercício operacional como esse começa no ano anterior e envolve não só a parte das operações aéreas, mas também toda a logística. Para o coordenador geral do evento, Coronel Aviador Eduardo Rodrigues da Silva, essa é a oportunidade de reunir todas as unidades envolvidas com busca e salvamento em combate. “São nessas atividades que eliminamos as possíveis diferenças, além de aperfeiçoar as técnicas empregadas. Todos os esquadrões devem atuar de maneira uniforme, a doutrina tem que ser igual no sul, no norte, em qualquer lugar do País”, explica.
O exercício é realizado pela Segunda Força Aérea (II FAE), unidade responsável pelo preparo operacional das unidades de busca e salvamento da Força Aérea Brasileira. Durante o CSAR, é verificado como está a eficiência das equipagens e tripulações de acordo com o que está previsto nos manuais. “Aqui a II FAE está observando de perto suas unidades subordinadas, como cada uma está exercendo sua função”, afirma o Coronel Rodrigues, que é também Chefe do Estado-Maior da II FAE.
Em uma missão de busca e salvamento em combate estão envolvidos esquadrões de helicópteros, que desempenham atividades de resgate e escolta, aeronave de reconhecimento, unidades de tiro equipadas com mísseis e radares, além de pessoal especializado em operações especiais para guiamento aéreo avançado. São esquadrões sediados em diversas localidades do Brasil como Belém (PA), Santa Maria (RS), Rio de Janeiro (RJ), Anápolis (GO), Campo Grande (MS), Manaus (AM) e Porto Velho (RO).
“Durante o exercício, as técnicas utilizadas pelos militares são verificadas e avaliadas. A partir daí é possível medir a eficiência de nossas equipagens e tripulações. Além disso, também permite que façamos alterações e atualizações doutrinárias de acordo com as situações levantadas na execução das missões e em alinhamento com o que esta acontecendo no cenário mundial sobre o tema”, explica o Chefe de Doutrina da II FAE, Capitão Aviador João Carlos Perpétua Barbosa.
A FAB possui um manual para atuação em CSAR, fruto de estudos realizados com base em missões reais de outros países com maior experiência no assunto. Antes de realizar o treinamento, os militares passam por aulas teóricas para atualizar e nivelar o conhecimento entre os participantes. Antes de cada voo, todos os envolvidos realizam briefings para estudar a estratégia, cenário e condições da missão. Após a atividade, são realizadas reuniões para avaliação daquilo que foi feito durante o treinamento.
FONTE e FOTOS: FAB