Criada em meio à Segunda Guerra Mundial, instituição ampliou seu leque de atuação sem deixar de lado a defesa da soberania do espaço aéreo brasileiro
Há 75 anos, em 20 de janeiro de 1941, o Ministério da Aeronáutica foi criado por meio do Decreto-Lei N° 2.961. O documento, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, transferiu para a Aeronáutica militares, servidores civis, aviões e instalações da Marinha, do Exército e do Ministério da Viação e Obras Públicas.
Logo após a sua criação, a FAB necessitava de pessoal qualificado e, já em 1941, foram criadas a Escola de Aeronáutica e a Escola de Especialistas de Aeronáutica, a partir da Escola de Aviação Militar e da Escola de Aviação Naval, até então pertencentes ao Exército e à Marinha, respectivamente.
O primeiro Ministro, Joaquim Pedro Salgado Filho, dividiu o território nacional em Zonas Aéreas e, em 22 de maio de 1941, criou a Força Aérea Brasileira, o braço armado do Ministério da Aeronáutica.
Exatamente um ano depois, em 22 de maio de 1942, o braço armado tinha o seu batismo de fogo: um avião B-25 da FAB atacou o submarino Barbarigo, da marinha italiana. Era a Segunda Guerra Mundial e naquela época o litoral brasileiro sofria com as ameaças de embarcações inimigas. Em 18 de dezembro de 1943, seria criado o Primeiro Grupo de Aviação de Caça, unidade de combate enviada para a Itália.
Nas décadas seguintes, a Aeronáutica ampliou sua atuação em áreas como a defesa da soberania do espaço aéreo brasileiro, o controle de tráfego aéreo, o fomento à indústria nacional, as missões de busca e salvamento em uma área de mais de 22 milhões de quilômetros quadrados sobre o Brasil e águas internacionais, o projeto espacial, a ciência e tecnologia, a investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos, e a integração nacional por meio da construção de pistas de pouso e dos voos de aeronaves de transporte. Em 1999, o Ministério da Aeronáutica foi transformado em Comando da Aeronáutica.
Hoje, são 75.402 brasileiros a serviço do Comando da Aeronáutica, sendo 12.640 mulheres.
Os tempos de paz, contudo, não devem tirar o foco da atividade-fim da FAB. “Nossa condição de país pacífico e sem pretensões expansionistas não nos faculta imaginar que nunca teremos nossa integridade ameaçada˜, afirma o atual Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato. “Devemos estar preparados diuturnamente para ações de pronta-resposta, ombreados com nossos irmãos da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro”, completa.
Para o futuro, a expectativa do Comandante é investir no preparo da Força. “Na guerra moderna, é fundamental vestir o equipamento adequado, receber o treinamento em quantidade e qualidade suficientes para contrapor as eventuais ameaças”, finalizou.
FONTE: FAB