Por Mariana Haubert
O empresário se reuniu com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta terça (31) no Palácio do Planalto por cerca de 40 minutos. O ministro Jaques Wagner (Defesa), o secretário-executivo de Ciência e Tecnologia, Álvaro Prata, e os ministros interinos Ivan Ramalho (Desenvolvimento) e Sérgio Danese (Relações Exteriores) acompanharam o encontro.
“O ponto mais importante da nossa conversa que eu gostaria de frisar foi justamente o nosso acordo consensual, nossa convergência, enfim, nosso ponto de vista conjunto em torno da possibilidade concreta de avançar no projeto F2, do avião-caça sueco, de modo a envolvê-lo na participação conjunta da indústria brasileira nesse projeto e assegurar a transferência tecnológica efetivamente”, disse.
Em outubro do ano passado, o governo federal assinou com a Saab o contrato para a compra de 36 caças multifuncionais Gripen NG. O valor do contrato ficou quase US$ 1 bilhão acima do previsto quando a intenção do negócio foi anunciada, em dezembro de 2013: US$ 5,4 bilhões (cerca de R$ 13,5 bilhões).
A entrega será de 2019 a 2024, prazo deslocado um ano além do previsto inicialmente, por questões de capacidade industrial brasileira. Questionado sobre quando os aviões começariam de fato a serem produzidos no Brasil, o empresário afirmou apenas que os investimentos na construção das instalações começará em breve.
“De acordo com o plano atual, vamos começar a fazer o investimento efetivo na construção das instalações em muito breve e, em seguida, um grande números de engenheiros brasileiros terão a oportunidade de estudo na Suécia para aprenderem a tecnologia envolvida na fabricação da aeronave e depois poderem voltar ao Brasil tendo assimilado essa tecnologia. Isso deverá estar concluído até a data em que concluirmos o contrato para utilização efetiva”, disse.
“Acredito que até 2019, a primeira aeronave já estará em condições operacionais.”
Wallenberg afirmou ainda que apresentou para Dilma o projeto para o estabelecimento de uma cátedra junto ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) para programas de pós-doutorado em engenharia aeronáutica.
FONTE: Folha de SP