“A Aviação de Transporte pode incrementar significativamente o poder de ação das tropas terrestres, levando material e pessoal de modo a obter a vantagem necessária em relação ao oponente. As características de velocidade e alcance das aeronaves são bastante exploradas”, ressalta o Comandante do Esquadrão Onça (1°/15° GAV), Tenente-Coronel Aviador Marcelo Alexandre Browne Issa.
Os lançamentos fazem parte da Ação de Força Aérea conhecida como Assalto Aeroterrestre, ou seja, o emprego de Meios de Força Aérea para introduzir paraquedistas em áreas de interesse. Os principais desafios em realizar essas missões são identificar as condições mínimas de visibilidade e vento para a realização de um lançamento seguro e eficaz, além de atingir a Zona de Lançamento (ZL) evitando a exposição às ameaças vindas do solo.
A aeronave C-105 Amazonas realiza o lançamento de paraquedistas a uma altura de cerca de 300 metros sobre terreno, com uma velocidade de mais de 200 km/h. Já o lançamento de carga é realizado a cerca de 180 metros, com uma velocidade de cerca de 240 km/h. De acordo com o Comandante do Esquadrão Arara (1°/9° GAV), Tenente-Coronel Aviador Leonardo Amorim de Oliveira, são realizados cálculos balísticos para saber o momento exato do lançamento. “Para lançamento de pessoal e carga é fundamental que tripulação e tropa estejam bem treinadas”, ressalta.
Em um dos treinamentos, o C-130 Hércules chegou a lançar uma viatura de mais de duas toneladas. De acordo com o Comandante do Esquadrão Gordo (1°/1° GT), Tenente-Coronel Aviador Rogério Vieira Maciel Júnior, o principal desafio é o gerenciamento do compartimento de carga para que esta chegue com segurança e em boas condições. “O elevado peso deste tipo de carga influencia diretamente no centro de gravidade da aeronave, o que exige apurada coordenação no momento deste lançamento”, explica.
O C-130, o C-105 e o C-95 também realizam em conjunto os voos de pacote. De acordo com o Comandante do Esquadrão Pégaso (5° ETA), Tenente-Coronel Aviador Fabiano Pinheiro da Rosa, a complexidade da missão aérea composta está em integrar um grupo composto por aeronaves que possuem missões distintas, além de configurações, velocidades e altitudes diferentes, na mesma área e de forma coordenada e sincronizada. “Nessa situação, a margem para erros, mudanças e adaptações é reduzida”, comenta.
Fonte: CECOMSAER, por Tenente Iris
Edição: Agência Força Aérea – Revisão: Coronel Aviador Denys