“A revitalização dos 34 Pantera do Exército brasileiro abriu novas possibilidades de negócios para a Helibrás”, segundo Eduardo Marson, presidente da empresa. “Foram agregadas novas tecnologias à Helibrás que, desta forma, não está voltada somente à manutenção e fabricação de helicópteros, podendo atuar também em projetos novos, por meio de seu centro de engenharia”, disse.
Marson aponta para o pacote de recuperação das aeronaves de médio porte Cougar e Super Puma, em operação no País desde a década de 80, “que poderão atuar, sem restrições, até 2035 apenas com a troca de sistemas antigos por outros, de última geração”.
O rejuvenescimento das tecnologias da variante K2 do Pantera, principal vetor armado do comando de aviação do Exército, implicou a adoção de motores 40% mais potentes, permitindo maiores autonomia e velocidade. Os pilotos dispõem agora de telas digitais e capacidade de uso de capacetes com óculos de visão noturna. A vida útil do equipamento foi estendida até, pelo menos, 2039.
O principal programa da fabrica de Itajubá é o do grande helicóptero EC 725. O projeto começou em 2008, quando foi assinado o contrato de cerca de € 1,9 bilhão, envolvendo 50 EC725 e 22 projetos de cooperação industrial e outros sete referentes à transferência de tecnologia da Eurocopter. O contrato do EC725 prevê a entrega de 16 aeronaves para cada uma das Forças Armadas e duas em versão executiva para a presidência da República.
Os investimentos diretos da Helibrás/Eurocopter são de R$ 420 milhões voltados a instalações da área industrial e treinamento da equipe. A Helibrás está “trabalhando com a perspectiva de atender o segmento da Defesa, em toda a América do Sul”, diz Marson.
Segundo ele, o mercado civil brasileiro está absorvendo a capacidade integral da planta de Itajubá. Uma só empresa operadora em regime offshore, que cumpre as rotas de transporte entre o continente e a rede de plataformas marítimas para a extração de petróleo,”formalizou cartas de intenção para aquisição de 14 helicópteros do tipo Puma EC225”.
Marson aposta também na revitalização da frota em atividade no País. Ele estima que esse mercado represente aproximadamente 650 unidades, das quais 75% correspondem aos usuários governamentais não militares e o público privado.
FONTE : O Estado de São Paulo