Por Paulo Pires
Pilotos, controladores de voo e equipes de solo deram início nesta semana, e continuam até o dia 27, em missões de escolta, reconhecimento aéreo, controle e alarme em voo, ataque, varredura, reabastecimento aéreo, posto de comunicação no ar, defesa aérea, defesa Antiaérea e transporte, tais quais seriam exigidas durante um conflito real. São exercícios de guerra em tempos de paz. Seguindo o planejamento da Força Aérea Brasileira (FAB) em Canoas e também em Santa Maria, mais de 35 aeronaves e cerca de 500 militares participam do treinamento militar que simula situações de combate realistas.
O Exercício Operacional (EXOP) Tínia está em sua segunda edição e faz parte do calendário de atividades anuais da Força Aérea Brasileira. Novo comandante da Ala 3, o Brigadeiro do ar Mauro Bellintani diz ser fundamental a preparação. “O Brasil não se envolve em um conflito há muitos anos. No entanto, tudo o que será feito durante este treinamento, é executado depois. Por exemplo, os aviões da FAB levaram geradores de energia e equipamentos para o Amapá durante o último final de semana. Isso exige preparação”, esclarece.
Por se tratar da segunda edição, o planejamento deste ano já partiu justamente do que foi trabalhado no ano passado. “Ganhamos experiência na estratégia de mobilização. É uma oportunidade rara termos tantos aviões assim no ar à disposição para manobras. Então aproveitamos o período o máximo para aperfeiçoarmos exercícios fundamentais para a operacionalidade da Força.” Só não adianta o canoense cansar o pescoço, olhando para cima para tentar observar conflitos no céu. “Os exercícios acontecem em uma área isolada no interior do Estado, entre as bases de Canoas e Santa Maria. Não vai existir qualquer influência para a circulação do tráfego aéreo e nem impacto para a população que vive em Canoas ou mesmo Santa Maria”, avisa.
FONTE: Diário de Canoas