Exercício Araronça simula operações em ambientes hostis

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Por Ten Humberto Leite

No fictício país Azul, o Brasil participa de uma recém-instalada missão de paz com o objetivo de acabar com um conflito armado. Aeronaves C-105 Amazonas precisam lançar paraquedistas e cargas em zonas de combate, e para isso precisam enfrentar ameaças como mísseis antiaéreos, lançadores de granadas e até atiradores de precisão (“snipers”) posicionados para alvejar os pilotos durante as decolagens e pousos.

É esse o cenário simulado até a próxima terça-feira (19/4) em Anápolis (GO), onde os Esquarões Arara (1°/9° GAV) e Onça (1°/15° GAV) treinam para capacitar seus tripulantes para missões desse tipo. As atividades aéreas envolvem três aeronaves C-105 Amazonas e um C-98 Caravan e acontecem durante o dia e também à noite, quando são utilizados óculos de visão noturna (NVG, sigla para o inglês Night Vision Googles).

“Nós estamos treinando as técnicas de lançamento aéreo simulando um cenário de crise, de conflito, onde é necessário que paraquedistas sejam lançados em determinado território, atrás das linhas inimigas, e depois que nós possamos levar até eles suprimento para manter o combate”, explica o Tenente-Coronel Cláudio Faria, comandante do Esquadrão Onça.

Tanto as decolagens quanto os pousos são realizados de maneira tática, quando a aeronave sobe ou desce de maneira mais rápida. “A finalidade é iludir, mascarar a nossa aproximação para o pouso”, explica o Tenente-Coronel.

Já o Tenente Arthur Corrêa, também do Esquadrão Onça, destaca os voos a baixa altura, quando os aviões seguem para as zonas de lançamento a aproximadamente 152 metros do solo. “A gente faz esse treinamento principalmente para livrar a aeronave de ameaças terra-ar, a artilharia antiaérea, e com vistas também a manter a aeronave fora do alcance do radar inimigo”, conta.

O exercício Araronça também envolve voos em formatura tática, quando os aviões voam a menos de mil metros de distância entre eles. As atividades acontecem ainda para qualificar novos tripulantes nas técnicas empregadas.

Fonte: Agência Força Aérea

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