Exercício contará com mais de 230 aviões dos dois países e simulará ataques a instalações nucleares norte-coreanas. Pyongyang critica manobra e diz que Washington e Seul estão sempre “prontos para guerra”.
Este exercício conjunto acontece pouco tempo depois do lançamento pela Coreia do Norte de um míssil balístico intercontinental, que poderia chegar aos Estados Unidos. Apesar de a manobra já haver sido planejada antes do míssil lançado pela Coreia do Norte na última quarta-feira, o Pentágono não costuma enviar tantos aviões.
A operação faz parte do acordo firmado em outubro entre Washington e Seul para ampliar a “presença rotacional” de ativos estratégicos americanos na península coreana. O objetivo é pressionar Pyongyang para que o regime de Kim Jong-un volte à mesa de negociações e desista de transformar o país numa potência nuclear.
Durante os exercícios, os aliados simularão ataques contra falsas instalações nucleares norte-coreanas e contra plataformas que seriam usadas por Pyongyang para lançar seus mísseis.
Corrida contra o tempo
Em comunicado divulgado pela agência estatal KCNA, o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte condenou duramente o novo exercício militar entre Washington e Seul.
“As manobras são de uma escala e de uma natureza sem precedentes nas simulações de combates e no número de ativos estratégicos americanos envolvidos, incluindo caças F-35 e F-22”, afirmou a nota do governo norte-coreano. “A equipe de Donald Trump está pedindo a gritos por uma guerra nuclear ao realizar uma arriscada aposta na península coreana”, completou o comunicado de Pyongyang.
O assessor de Segurança Nacional da presidência americana, H.R. McMaster, disse que a possibilidade de uma guerra com a Coreia do Norte está aumentando. “Eu acho que [a possibilidade de guerra] está aumentando todos os dias, o que significa (…) que estamos numa corrida para resolver o problema”, declarou McMaster numa conferência. “Há maneiras de lidar com esse problema fora de um conflito armado, mas é uma corrida que se aproxima cada vez mais [do seu propósito], não resta muito tempo”, sublinhou o assessor de Trump.
FONTE: DW
FOTOS: USAF/Ilustrativas