Por Sérgio Barreto Motta
A AEL é da gigante israelense Elbit, com 25% de participação da brasileira Embraer. AEL, Embraer e Avibrás são donas da Harpia, também uma Empresa Estratégica de Defesa (EED). A Elbit igualmente possui as ex-brasileiras Ares Aeroespacial e Periscópio Equipamentos. Outra israelense, a IAI, já tem 40% da brasileira Iacit, de equipamentos para tráfego aéreo e marítimo. A israelense Rafael Advanced Defense System controla 40% da Gespi Aeronáutica. A italiana Iveco fornece os blindados do Exército. A norueguesa Siem Consub supre os sistemas computadorizados da Marinha. O governo bem que tentou fortalecer o capital nacional, mas a força estrangeira é ponderável, até nas EEDs. Os cortes no orçamento estão atingindo diretamente as nacionais, que têm menor porte para resistir. Com a palavra, o ministro da Defesa, Jacques Wagner, que poderá tentar alguma cartada para evitar essa desnacionalização gradual.
De 14 a 17 de abril, o Rio receberá a maior feira do setor da América Latina, a décima edição da Laad Defence & Security, com 700 expositores nacionais e estrangeiros. O diretor da feira, Sergio Jardim, informa que o Brasil concentrou, nos últimos anos, nada menos de 41,2% dos investimentos militares da América Latina, o que é expressivo. Segundo Jardim, o lançamento da Estratégia Nacional de Defesa (END) ressaltou a necessidade de modernização e reaparelhamento das Forças Armadas do Brasil, por meio de projetos estratégicos. Em 2013, vieram à Laad 128 delegações oficiais de 61 países e, para este ano, a perspectiva é maior. Em meio aos esperados 40 mil visitantes há ministros da Defesa de importantes países, que às vezes optam pelo anonimato, para melhor poder escolher suas armas, no complexo jogo das estratégias militares. Um seminário paralelo ao evento abordará os projetos estratégicos da Marinha, do Exército e da Força Aérea, a guerra eletrônica e o papel das instituições de fomento na indústria brasileira de defesa.
FONTE: Monitor Mercantil