Por Guilherme Wiltgen
O HU-1 vem desde a sua ativação, em 17 de abril de 1962, participando de quase todas as operações aeronavais, tendo seus helicópteros presença constante nos exercícios e missões.
O Esquadrão ocupou, inicialmente, as instalações do CIAAN, no Km 11 da Avenida Brasil no Rio de Janeiro, que se encontravam desocupadas desde a transferência deste Centro para São Pedro da Aldeia.
Operacionalmente, o HU-1 começou a sua vida com cinco oficiais, trinta praças e três helicópteros WS-55 Whirlwind Série I, sendo que apenas um tinha condição de voo.
Nestes 60 anos, o HU-1 operou com doze aeronaves diferentes, entre elas o UH-2A Wasp, carinhosamente chamada de “ABELHA”, que participou da primeira Operação Antártica a bordo do NApOc Barão de Teffé (H 42) em 1982, sendo também a primeira aeronave brasileira a pousar no continente gelado.
No dia 31 de janeiro de 2016, uma aeronave UH-12 Esquilo embarcou na Fragata Independência (F 44) para, pela primeira vez, integrar o Destacamento Aéreo Embarcado da Operação Líbano IX.
No dia 08 de Abril de 2020, o UH-13 Esquilo Biturbina encerrou a sua última missão no Esquadrão HU-1, quando do seu retorno da Operação Antártica XXXVIII.
No regresso a São Pedro da Aldeia, as duas aeronaves UH-13 e os 13 militares da missão receberam as boas vindas incorporando-se em voo de formatura, que marcou um momento histórico, onde os três modelos de aeronaves do HU-1 puderam voar lado a lado, representando, no ar, a modernização e evolução da Aviação Naval Brasileira. As 7 aeronaves que compuseram a esquadrilha encenaram o passado, o presente e o futuro que vem sendo desenhado pelo Esquadrão. O voo em formatura foi uma homenagem às “valentes UH-13” que contribuíram para o sucesso de 33 missões na Antártica.
Hoje, o HU-1 possui no seu inventário helicópteros Helibras Esquilo monomotor (UH-12) e Airbus Helicopters H135 (UH-17), para emprego em missões de ligação e observação; esclarecimento; lançamento de paraquedistas e de mergulhadores de combate; transporte de tropa; serviços hidrográficos; busca e salvamento (SAR); apoio humanitário; apoio às atividades na Antártica e muitas outras, razão pela qual lhe foi conferido o título de “O FAZ TUDO” ou somente “TUDÃO”.
No dia 28 de Fevereiro, a primeira das três aeronaves UH-17 (H135), a N-7090, foi transferida para o Comando de Operações Navais, em cerimônia realizada no heliponto da Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ). A aeronave biturbina leve da Airbus Helicopters foi adquirida junto à empresa Helibras, podendo operar em períodos diurnos ou noturnos e sob condições de voo visual ou por instrumentos.
No dia 27 de março, o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) da OPERANTAR XXXIX, retornou ao Complexo Aeronaval de São Pedro da Aldeia, após 174 dias de missão pelo Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Na ocasião, o UH-17 operou pela primeira vez na Antártica, auxiliando no transporte de material dos navios para o abastecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). O DAE-OPERANTAR foi composto por 4 Oficias, 10 Praças e os helicópteros N-7090 e N-7091 a partir do Navio Polar Maximiano (NPo) Almirante Maximiano (H 41) do Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Ary Rongel (H 44).
O UH-17 fez sua estreia junto aos meios operativos da Esquadra durante a Operação ADEREX-Anfíbia/Superfície 2021, em apoio logístico móvel ao Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) do 1º Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino (HS-1) a bordo do Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico (A 140) .
Devido às suas capacidades de busca e salvamento, esclarecimento visual, transporte de carga e de pessoal e Evacuação Aeromédica (EVAM), uma vez que possui o kit de UTI, o H135 vai ampliar ainda mais as capacidades dos hospitais de bordo do NAM Atlântico e do NDM Bahia.
A transferência para o setor operativo do UH-17 representa a renovação e ampliação de capacidades do Esquadrão HU-1, em especial em proveito das operações aéreas na Antártica.
Recentemente o Esquadrão HU-1 alcançou a marca de mais de 150.000 horas de voo, sendo mais de 42.000 sem acidentes.
Seu atual Comandante é o Capitão de Fragata Erikson Mendonça da Silva
” IN OMNIA PARATUS”
(PREPARADO PARA TUDO)