Por Guilherme Wiltgen
Ao HA-1 são também atribuídas missões de esclarecimento de área marítima, acompanhamento de alvos além do horizonte radar dos navios (OTHT – Over The Horizon Targeting), busca e salvamento (SAR) e EVAM.
O HA-1 atualmente opera com 12 aeronaves Westland Super Lynx Mk21A (AH-11A), sendo 7 adquiridas novas e cinco remanescentes dos Sea Lynx Mk21 (SAH-11), que sofreram atualização para a versão Super Lynx na fábrica da Westland, em Yeovil.
Com a chegada das novas aeronaves, a missão do Esquadrão foi ampliada para atender a todos os meios de superfície, com plataforma de pouso, da Esquadra.
Armamentos como torpedo antissubmarino (Mk-46), bomba de profundidade e os mísseis ar-superfície Sea Skua, fazem parte de sua configuração de combate.
Em 2008, foi assinado contrato com a empresa FLIR Systems INC. para a aquisição do sistema estabilizado multisensor de vigilância “FLIR” (Equipamento de Observação Infravermelho) Star SAFIRE III. Esses sistemas começaram a ser instalados em agosto de 2010 nas aeronaves do HA-1, como parte do programa de modernização da frota dos AH-11A da MB.
No dia 3 abril deste ano, o HA-1 recebeu duas metralhadoras FN Herstal M3M calibre 12,7mm (.50”), provendo o Super Lynx de maior capaciadade de combate as ameaças assimétricas.
Em 30 de junho, foi anunciada a assinatura do contrato entre a Marinha do Brasil e a empresa AgustaWestland, para a modernização do Super Lynx Mk21A. Os serviços contratados incluem o novo e mais potente motor LHTEC CTS 800-4N, um novo equipamento de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE), painéis e consoles digitais (Glass Cockpit) compatíveis com o uso de óculos de visão noturna (NVG), sistemas de auto-proteção (Radar Warning Receiver e chaff and flare dispenser), novos sistemas de navegação, incluindo GPS, ILS, DME e o sistema para evitar colisão (TCAS).
Estas atualizações conferirão à aeronave uma maior autonomia e capacidade de transportar armamento, aumentando também as possibilidades de auto-defesa em ambiente hostil. Dotados de radar de busca de superfície agora integrado ao equipamento FLIR e com o sistema de identificação automática (AIS), os “Linces” continuarão sendo os principais vetores aéreos dos navios-escolta da Esquadra, ampliando a capacidade ofensiva e defensiva das Forças Navais, de dia ou à noite, mesmo em condições meteorológicas adversas, se mantendo como “Os Olhos e Ouvidos da Esquadra”.
Após a modernização, receberão a nova designação de AH-11B Super Lynx.
Seu atual Comandante é o Capitão-de-Fragata Luciano Claro Garcia.