Em maio, a Visiona, uma associação entre a Embraer e a Telebras, selecionada para gerenciar os contratos com os futuros fornecedores do satélite, anunciou a pré-seleção de três empresas para o fornecimento do equipamento: a Mitsubishi Electric Corporation-Melco, a Space Systems/ Loral e a Thales Alenia Space.
A disputa eliminou concorrentes de peso, como a americana Boeing e a europeia Astrium, do grupo EADS. Segundo informação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, o lançamento do primeiro satélite poderá ocorrer entre o fim de 2014 e começo de 2015.
A participação da indústria nacional no projeto do satélite geoestacionário, segundo Raupp, poderá acontecer a partir do primeiro modelo a ser adquirido.
O programa Inova Aerodefesa também será um dos instrumentos a serem utilizados pelo ministério na contratação da indústria nacional para o desenvolvimento de partes do satélite, disse o ministro, em entrevista ao Valor.
Lançado em meados de maio, o Inova Aerodefesa prevê um aporte de R$ 2,9 bilhões para incentivo à inovação tecnológica nos setores de defesa, aeroespacial e segurança. O programa integra o Plano Inova Empresa, anunciado pelo governo em março e que destinará investimentos de R$ 32,9 bilhões em áreas consideradas estratégicas.
“A contratação da indústria nacional para o desenvolvimento de subsistemas espaciais vai capacitá-las como fornecedoras do segundo e terceiro satélite SGDC”, afirmou.
O ministro afirmou que todo o processo de arquitetura industrial do satélite também será feito no Brasil. “Em paralelo”, disse o ministro, “teremos um programa de absorção de tecnologia, cuja responsabilidade é da empresa Visiona e também do governo, através da Agência Espacial Brasileira.”
FONTE: Valor Econômico