Em um país com dimensões continentais como o Brasil, com mais de 8 milhões km² de territórios, o reabastecimento em voo (REVO) é praticamente obrigatório. Isso porque o REVO aumenta, de maneira significativa, a distância e o tempo de voo de uma aeronave. Um relatório publicado pela Força Aérea Sueca explica como isso acontece.
O REVO é uma atividade que requer paciência, eficiência e precisão das partes envolvidas. Em primeiro lugar, é necessário um local de eficiência tática para que aeronave de reabastecimento conduza a de caça. Depois, a aeronave envolvida deve manter a proximidade, já que tudo é coordenado através de comandos que respeitam as regras e os procedimentos estabelecidos internacionalmente.
Durante a missão, o responsável por todas as ações e a coordenação com o controle de tráfego aéreo é um dos pilotos da aeronave de reabastecimento. No momento do REVO, a aeronave abastecedora solta uma sonda com uma cesta na sua ponta para conectar-se ao probe, que é a haste que recebe o combustível. Quando o piloto do caça aproxima e conecta o probe na cesta, roletes móveis prendem por pressão ambos os mecanismos.
“A partir do momento que é realizado o reabastecimento da aeronave em voo, você tem a aeronave disponível por mais tempo, minimizando assim o tempo de exposição dessa aeronave no solo e atingindo a distância que você almejava”, explicou o Major Aviador Ramon Fórneas, chefe da Seção de Avaliação e Doutrina da Ala 2.
No Brasil, o par Gripen e Embraer KC-390 Millennium será de crucial importância para a Força Aérea Brasileira (FAB). Através das missões de reabastecimento em voo, o Gripen terá a capacidade de alcançar qualquer ponto do território nacional, bem como terá um incremento na sua capacidade de permanência em combate, sem a necessidade de incluir outras aeronaves para cobrir o espaço aéreo.