Por Mariana Barbosa
Com estrutura enxuta (serão 10 engenheiros até o fim deste ano e 15 até o fim do próximo), a empresa trabalha em colaboração com instituições e universidades como o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da FAB, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a UFMG e a USP.
O escritório é o sexto para pesquisa avançada fora dos EUA –onde há outros cinco– e compartilha da metodologia dos demais, instalados na Áustralia, na China, na Rússia, na Índia e na Espanha.
Ali, cada engenheiro coordena de 10 a 20 projetos, financiados pela companhia mas tocados por instituições parceiras. “A engenharia é um talento escasso. Você tem que ir aonde os engenheiros estão”, diz Antonini Puppin Macedo, diretor de Operações e Coordenador de Pesquisas da empresa no Brasil.
A primeira fase de trabalho do centro se resumiu a mapear as pesquisas existentes no Brasil relacionadas às áreas de aviação e espaço.
Com a experiência de quem gera 760 patentes por ano, a Boeing aposta que, ao investir e coordenar esses projetos, pode evitar que naufraguem.
A empresa não diz quanto injeta em pesquisa no país. Até 2016, a expectativa é que sejam 300 projetos, coordenados por 15 engenheiros (o centro russo, aberto em 1993, tem 180 pesquisadores).
Os projetos financiados no Brasil se relacionam entre si e com pesquisas externas. Abrangem do desenvolvimento da macaúba como biocombustível ao uso de satélites para desenvolver sensores de monitoramento remoto de culturas agrícolas.
FONTE: Folha de São Paulo
Cada um deles deve levar até quatro anos para maturar. Quando isso começar a acontecer, a Boeing planeja investir em um laboratório para produzir protótipos.