O acidente ocorreu por volta das 11h00 (07h00 em Brasília) durante o pouso no aeroporto de Goma, capital da província de Kivu do Norte, afirmou à AFP uma fonte da missão.
“Estamos cientes do acidente de uma aeronave sem piloto (…) que retornava de uma missão”, confirmou à AFP o tenente-coronel Prosper Basse, porta-voz militar da Monusco, em uma coletiva de imprensa em Kinshasa. “Felizmente não houve feridos ou mortos”, acrescentou.
“Estamos investigando para esclarecer a causa técnica que provocou este acidente”, disse o oficial. Segundo a fonte da Monusco, “parece ter sido um problema técnico”.
AFP
No aeroporto, a Monusco não quis que os fotógrafos entrassem para constatar o estado do drone, contou um repórter da AFP.
“A aeronave ficou completamente destruída”, afirmou à AFP um oficial da força aérea do Congo no aeroporto de Goma. No entanto, o chefe da missão da ONU, Martin Kobler, disse em Nova York que nenhum equipamento de vigilância pareceu quebrado, mas que o drone precisaria de reparo antes de voar outra vez.
O coronel não revelou o estado da aeronave. Disse, pelo contrário, que ainda “há uma em terra” e que haverão mais, referindo-se ao planejamento da Monusco de se equipar com um total de cinco drones antes do fim de março.
A missão no Congo é a primeira força da ONU a utilizar drones. Os equipamentos servirão para vigiar os grupos que operam na fronteira com a Ruanda e a Uganda.
Durante o lançamento, em dezembro, o chefe das operações de manutenção de paz da ONU declarou que as aeronaves eram “um instrumento incomparável” para “poder enfrentar” numerosos grupos armados nas regiões de Kivu do Norte e Kivu do Sul.
Os drones utilizados pela Monusco são fabricados pelo Selex ES, filial do grupo americano da aeronáutica e da defesa Finmeccanica.
FONTE: Folha de São Paulo