A Delta planeja aposentar seus 18 aviões Boeing 777 de fuselagem larga (widebody) até o final de 2020, como resultado da pandemia de COVID-19. A retirada desse modelo acelerará a estratégia da companhia de simplificar e modernizar sua frota, à medida que seguirá as operações com aeronaves mais novas e econômicas.
“Estamos fazendo mudanças estratégicas e econômicas em nossa frota para responder ao impacto da pandemia de COVID-19, além de garantir que a Delta esteja bem posicionada para a recuperação”, disse Gil West, Diretor de Operações da Delta. “O 777 tem sido uma parte importante do sucesso da empresa desde que ingressou na frota, em 1999 e, devido às suas características operacionais únicas, abriu novas rotas non stop e de ultralonga duração que somente ele conseguiria voar naquele momento”.
Em abril, a Delta anunciou planos para acelerar a retirada das frotas de MD-88 e MD-90 até junho deste ano. Desde o início da COVID-19, a empresa reagiu rapidamente à situação e estacionou aeronaves, além de considerar a aposentadoria antecipada de aviões para reduzir a complexidade e os custos operacionais. Até o momento, a companhia estacionou mais de 650 aeronaves tanto da frota principal como da regional, de modo a ajustar a capacidade para atender à demanda reduzida de clientes.
O Boeing 777-200 entrou na frota pela primeira vez em 1999 e chegou a um total de 18 aeronaves, incluindo 10 aviões do modelo 777-200LR de longo alcance, que chegou em 2008. Na época, o avião estava dedicado exclusivamente para voar sem escalas entre Atlanta e Johannesburgo, na África do Sul, e de Los Angeles para Sydney, entre outros destinos distantes.
A Delta continuará realizando suas rotas de longa distância com sua frota de última geração de Airbus A350-900, que consome 21% menos combustível por assento do que os 777 que serão substituídos.
Apesar de uma redução nas viagens internacionais transportando passageiros, os 777s têm sido a força motriz da Delta nas operações de carga, correio e repatriação de cidadãos norte-americanos em meio à pandemia. Desde o final de abril, esses jatos de fuselagem larga fizeram dezenas de viagens de Chicago e de Los Angeles a Frankfurt para entregar correspondência às tropas militares dos Estados Unidos no exterior; realizaram rotas entre os Estados Unidos e a Ásia para distribuir toneladas de suprimentos essenciais que salvam vidas, ajudando, assim, na resposta à COVID-19; e transportaram milhares de norte-americanos de volta ao país, vindos de Sydney, Mumbai, Manila e outras cidades ao redor do mundo.