Por major Sylvia Martins
Tendo como ponto de partida Iquitos, o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, na quinta-feira (27), seguiu de helicóptero para a Base Naval de Nanay, Escola de Operações da Guarda Costeira. A organização militar foi o local da reunião bilateral com seu homólogo, ministro José Modesto Huerta Torres, e entre representantes diplomáticos e das Forças Armadas do Brasil e do Peru.
O encontro deu continuidade a entendimentos iniciados em agosto de 2017, em Tabatinga (AM), no Brasil. Entre eles, ações voltadas para o aumento das operações na fronteira dos dois países, que caracteriza 3 mil quilômetros em comum.
Na ocasião, os chefes dos Estados-Maiores Conjuntos, almirante Ademir Sobrinho, do Brasil, e José Luis Paredes, do Peru, selaram um marco institucional, assinaram o acordo da Comissão Binacional Fronteiriça (Combifron), que visa à coordenação, avaliação, análise e supervisão de compromissos adotados no âmbito da segurança da fronteira. A Comissão já tem data marcada para sua primeira reunião: será no primeiro trimestre de 2019, no Brasil.
Na ocasião, os chefes dos Estados-Maiores Conjuntos, almirante Ademir Sobrinho, do Brasil, e José Luis Paredes, do Peru, selaram um marco institucional, assinaram o acordo da Comissão Binacional Fronteiriça (Combifron), que visa à coordenação, avaliação, análise e supervisão de compromissos adotados no âmbito da segurança da fronteira. A Comissão já tem data marcada para sua primeira reunião: será no primeiro trimestre de 2019, no Brasil.
Após o ato de assinatura dos entendimentos, o ministro Silva e Luna destacou que o principal motivo da reunião foi mais que um encontro de trabalho. “Firmamos um acordo de cooperação entre os dois países para tratar de tema de fronteira, a Combifron, firmada agora pelos dois Estados-Maiores das Forças Armadas. Firmamos um compromisso não só do Ministro da Defesa, mas de nosso país, de tratar diretamente os temas que ameaçam a nossa fronteira”.
O ministro da Defesa do Peru, José Huerta, ressaltou que o mais importante foi a elevação dos níveis dos acordos contra as ameaças que atingem os dois países. Sobre a Combifron, disse que o comitê vai integrar um trabalho coordenado contra atos ilícitos, e principalmente o narcotráfico, a mineração ilegal, o tráfico de pessoas, o controle do espaço aéreo.
A comitiva brasileira foi composta pelo comandante da Marinha, almirante Leal Ferreira; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir; o comandante do Comando Militar da Amazônia, general Nardi, representando o comandante do Exército; o chefe do Departamento de Defesa do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Alessandro Candeas; o brigadeiro Borba, representando o comandante da Aeronáutica, e os brigadeiros Reis e Malta, pelo MD.
A contraparte peruana contou com o chefe conjunto das Forças Armadas, almirante Paredes; o comandante geral da Marinha de Guerra, almirante Ríos; o comandante geral da Força Aérea, general Ramírez; comandante geral do Exército, general Estudillo; embaixador do Brasil no Peru, Vicente Rojas; o adido peruano no Brasil, general Dávila; os comandantes gerais de Operações da Amazônia/ V Zona Naval, vice-almirante Alva; da Região Militar Oriente, general Rospigliosi; o diretor de Relações Internacionais do Ministério da Defesa, ministro Málaga, e o chefe do gabinete, contra-almirante Llop.
A Combifron estará constituída pelas delegações do Peru e do Brasil, e contará com uma Presidência e uma Secretaria permanente em cada país.
Fotos: Divulgação ASCOM/MD