CRUZEX Flight 2013 – Entrevista com o Ten.Cel.Pizarro, Comandante do Grupo de Aviación Nº8 do Chile

F-16-MLU-FACh
F-16 MLU da FACh decola de Natal rumo ao Chile

 

Com o apoio do CECOMSAER, nos dirigimos até o prédio originalmente destinado ao Esquadrão Poker, para entrevistar o Comandante do Esquadrão de Caça chileno, o Grupo de Aviación Nº8, Tenente-Coronel Francisco Pizarro Aste, que após cumprir uma missão na CRUZEX Flight 2013, gentilmente nos recebeu na sala reservada aos chilenos para mais  esta entrevista exclusiva do DAN.

Muito solícito, apenas pediu para terminar de tomar um copo do tradicional e saboroso café brasileiro (segundo ele). A entrevista transcorreu em clima amistoso, recheado com o som estrondoso e inconfundível dos caças que não paravam de decolar.

Defesa Aérea & Naval: Boa tarde Coronel, o senhor ainda voará em missão hoje?

Tenente-Coronel Francisco Pizarro Aste: Não, as missões de hoje foram todas cumpridas.

DAN: Como operador das aeronaves F-16, especificamente nas versões MLU e Block-50, como está sendo operar 2 versões distintas do F-16 na FACh?

TC Pizarro: As duas aeronaves são similares, mas com pequenas diferenças.

DAN: Mas como é que ocorre a integração entre os pilotos para voarem as duas versões?

TC Pizarro: Para um piloto de MLU voar o Block-50, ou para um piloto de Block-50 voar um MLU, bastam apenas umas 4 horas de instruções.

DAN: Por falar em instrução, qual o caminho que um piloto chileno deve percorrer para chegar aos comandos de um F-16?

TC Pizarro: Um piloto chileno inicia sua instrução com o T-35 Pilan, após instrução de voo básico, cumpre com as horas de voo por instrumento. Em seguida é destinado a uma das linhas: Transporte, Helicóptero ou caça.

Ten.Cel.Pizarro durante a entrevista com Emídio Neto do DAN.

DAN: E na caça, como acontece?

TC Pizarro: Nossos pilotos voam A-36 Halcon e depois vão para os F-5 ou F-16.

DAN: Em 2010, a Força Aérea o Chilena participou com os seus novíssimos e recém-recebidos F-16 Block-50, porque na CRUZEX Flight 2013 vieram com as aeronaves na versão MLU?

TC Pizarro: Para que outros grupos (esquadrões) e pilotos possam participar dos exercícios e adquirir mais experiência.

DAN: Qual contribuição o Chile trás para um exercício como esse?

TC Pizarro: Para nós é importante demonstrar o nosso profissionalismo e, se isso servir de referencial para outra força, ótimo.

DAN: Quais lições a FACh espera tirar de um exercício como a CRUZEX?

TC Pizarro: Para mim, pessoalmente, o mais importante é conhecer os amigos, parceiros, saber e conhecer quem está por trás de um telefone é significante, poder ver quem é quem. Para mim, o valor das relações humanas é o mais importante.

DAN: Coronel, qual é a diferença entre o as operações/exercícios SALITRE e CRUZEX?

TC Pizarro: Bom, com a experiência de quatro CRUZEX’s e de outras operações, posso afirmar que essa CRUZEX 2013, comparada com as outras e a SALITRE, difere por não ser de Comando e Controle junto com o “Flight”. A Salitre ocorreu como a CRUZEX 2010, Comando e Controle junto com a versão Flight.

KC-135 da FACh em escala no Rio de Janeiro a caminho do Chile

DAN: Como é operar com três versões do F-16 na mesma operação? O que o senhor pode falar sobre isso?

TC Pizarro: Os F-16 da Venezuela estão com funções distintas da nossa. Saber a diferença dos nossos F-16 para os F-16 americanos…….???? Só os americanos sabem….. (risos….)

DAN:O Chile possui capacidade de treinar BVR com AMRAAMs? Ou utilizar bombas como as JDAM’s?

TC Pizarro: Essa pergunta deve ser dirigida ao Comandante das Forças chilenas.

DAN: Muitos consideram o Chile a Força de Combate mais capaz da AL. Quantas horas de voo os pilotos chilenos fazem em média?

TC Pizarro: Essa pergunta deve ser dirigida ao Comandante das Forças chilenas.

DAN: Como estão os planos de substituição dos F-5? A Holanda esta colocando a venda mais F-16MLU, existem planos para o Chile comprar mais F-16 ou mais algum update para os seus MLU?

TC Pizarro: Essa pergunta deve ser dirigida ao Comandante das Forças chilenas.

NOTA DO EDITOR: Agradecemos ao Ten.Cel. Pizarro que nos atendeu com muita atenção e simpatia. Agradecemos também o total apoio do CECOMSAER, na pessoa do Ten. Humberto e da Ten. Sara, que não pouparam esforços para atender a solicitação do DAN, para que esta entrevista pudesse ser realizada.

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