Depois de mais de uma dezena de anos de atrasos diversos, as mídias do Brasil e algumas do exterior insistem que antes do final deste ano, desta vez sim, será anunciada a decisão do novo avião de combate da FAB.
Dias atrás se especulou não só com uma decisão fora da competição, com uma negociação direta com a Rússia pelo SU-35, mas com a possibilidade de que a indústria brasileira fosse convidada, assim como a turca, pela Coreia do Sul, para participar de seu KF-X.
Por esta razão e, talvez explorando as chances de um lift sofisticado como o T-50 (embora a Coreia seja rival da Embraer com o KT-1 contra o Super Tucano local), parecem ter ocorrido contatos exploratórios entre a KAI e algumas autoridades sobre a próxima zona franca tecnológica a estabelecer-se em Brasília.
No entanto, tanto a Agência Reuters como o jornal Folha de São Paulo insistem que praticamente foi decidida a chegada do Boeing F-18 E / F para o Brasil depois da aceitação pelos EUA do Super Tucano para o programa LAS.
O arquiteto dessa possibilidade, segundo a imprensa, teria sido o vice-presidente Joe Biden que, em sua recente turnê brasileira, não só tocou no tema mas, assegurou à presidente Dilma Rousseff que, baseado em sua experiência legislativa de mais de 30 anos, “provavelmente” o Congresso de seu país vai respeitar o acordo para as respectivas transferências tecnológicas oferecidas, neste caso específico pela Boeing, às autoridades locais e a indústria.
Para a Presidente do Brasil “a tecnologia é mais importante do que os caças, por todo o impulso que pode dar à indústria de defesa, Embraer incluída”. Biden tinha explicado, em Brasília, que se por um lado a maioria democrata no Congresso não seria capaz de contrariar uma decisão presidencial, não seriam os republicanos, liderados por John McCain, que o fariam.
Na verdade, há pouco mais de um ano, o próprio McCain, um ex-piloto da Marinha, se reuniu com Dilma e outros hierarcas, defendendo o F-18. Diz-se que as respostas claras, tanto de McCain como de Biden, agradaram a Rousseff. Um fato quase simbólico alimenta a tese em favor do F-18, a primeira visita de Estado de um líder brasileiro em 20 anos aos EUA, que vai começar no dia 23 de outubro, dia do Aviador no Brasil.
De qualquer forma, com tantos anúncios, desde a preferência anterior da FAB pelo Gripen NG, a do ex-presidente Lula, quando da visita de seu colega Nicolas Sarkozy, quando anunciou a provável compra do Rafale, o que provocou uma controvérsia nos outros candidatos, estes anúncios devem permanecer hipotéticos.
FONTE: Defensa
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval