CRE discute em São Paulo, com a Fiesp, situação da indústria da defesa

Ricardo-Ferraço-Foto-Pedro-França-Agência-Senado
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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado reuniu-se na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para discutir a situação da indústria da defesa. Os senadores temem que cortes no orçamento afetem programas estratégicos. Durante o primeiro ciclo de debates sobre a indústria de defesa nacional, a comissão foi alertada sobre o impacto da crise econômica no setor.

O relator da avaliação da defesa nacional comissão, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) afirmou que representantes da cadeia produtiva identificaram um conjunto de projetos que correm risco de continuidade caso as verbas sejam suspensas.

– O que nós estamos assistindo é um verdadeiro desmonte de projetos importantes, projetos estratégicos, relacionados sobretudo à grande transferência de tecnologia. Os cronogramas estão atrasados, o governo está inadimplente com um conjunto grande dessas empresas, de modo que nós saímos daqui muito preocupados – disse Ferraço.

O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que haverá um esforço para manter os investimentos nos programas considerados mais importantes, enumerando alguns.

– O programa que cuida da proteção dos mares, que lida com o submarino nuclear, com a produção dos aviões de carga, o KC-390, os helicópteros. E o que vai ter é um esforço nosso junto ao governo para que a gente preserve esses programas que são os mais estratégicos mesmo no momento de dificuldade – disse Jorge Viana.

Já a senadora Ana Amélia (PP-RS) lembrou as dificuldades de descontinuar projetos relacionados à defesa nacional.

– Cada vez que você para um projeto desta relevância, você acaba impactando sobre toda a cadeia produtiva. E também na própria dispensa de uma mão de obra extremamente qualificada, porque depois que você retomar, depois de uma crise, você tem que começar do zero – alertou Ana Amélia.

Os senadores também mencionaram como prioritários investimentos na área de comunicação, como a construção e o lançamento de satélites, e o programa Sisfron, que monitora as fronteiras do país. A reunião também contou com a presença do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores

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