A Ala 11, no Rio de Janeiro (RJ), recebeu, na última quinta-feira (26/10), a visita do Conselheiro de Política da Embaixada da Coreia do Sul no Brasil, Lim Sang Woo, e comitiva, em agradecimento ao apoio prestado pela Força Aérea Brasileira (FAB) nas operações de Busca e Salvamento a sobreviventes do navio cargueiro sul-coreano Stellar Daisy, naufragado em março deste ano em águas internacionais.
Durante a visita, a comitiva assistiu a uma apresentação feita pelo Capitão Aviador Renan Pacheco Pereira, que participou das buscas do navio, na qual mostrou como ocorreram as ações de resgate feitas pela aeronave KC-130 Hércules, desde o momento do acionamento até a identificação dos vestígios do navio.
Após a apresentação, o conselheiro sul-coreano agradeceu aos comandantes dos esquadrões envolvidos, Esquadrão Cascavel (1º GTT) e Esquadrão Gordo (1º/1º GT), por todo o apoio prestado, ressaltando a pronta resposta e o alto grau de profissionalismo da FAB.
Uma carta de agradecimento também foi enviada pelo embaixador Jeon Gwan Lee. “O governo da República da Coreia e as famílias dos marinheiros gostariam de expressar o mais profundo e sincero agradecimento pelas ações de todos os militares que participaram das buscas e salvamentos”, diz a carta.
O acidente
O navio de carga sul-coreano de nome Stellar Daisy desapareceu, no dia 31 de março, no Oceano Atlântico, após ter partido do Brasil. A bordo estavam 24 tripulantes, sendo oito sul-coreanos e 16 filipinos, que fizeram pedido de socorro ao órgão responsável no Uruguai. Imediatamente, foram deslocados quatro navios mercantes próximos à área da ocorrência.
O desaparecimento ocorreu em uma área 2.740 km distante da costa brasileira e, conforme Convenção Internacional sobre Busca e Salvamento Marítimos, os países signatários devem cooperar no auxílio às missões de busca, sempre que solicitado pelo país responsável pela área. Dessa maneira, após confirmação dos dados da Marinha do Uruguai, a FAB disponibilizou a aeronave KC-130 Hércules para auxiliar nas buscas. Ao total, foram investidas aproximadamente 50h de voo, além do envolvimento de mais de 50 militares da FAB.
Tais operações fazem parte da Dimensão 22, um cenário tridimensional protegido pela Força Aérea Brasileira por meio das ações de Controlar, Defender e Integrar.
Dessa forma, em cumprimento a acordos internacionais, o Brasil é, também, responsável por controlar voos além do continente, sobre o Oceano Atlântico, totalizando 22 milhões de quilômetros quadrados. Ainda, em toda essa área, a FAB cumpre missões de busca e salvamento para localizar e salvar pessoas em perigo na terra ou no mar.