Por Luiz Padilha
Simulador Dinâmico de Voo
O Simulador Dinâmico de Voo (DFS) é uma combinação de um simulador de voo e uma centrífuga. As partes principais são um grande motor, um braço de 30 pés e uma gôndola com movimento, onde o piloto está colocado.
O piloto está no controle e voa o DFS como num avião, com manche e acelerador. Ele recebe a resposta tanto visualmente como através da carga G que é gerada por suas manobras.
O DFS está operacional para a formação de aceleração avançadas, bem como a pesquisa desde o final do ano de 2003. O desenvolvedor é a empresa americana Wyle Laboratories, que incluiu algoritmos de percepção para recriar as sensações de voo.
O DFS pode ser usado para:
Campo de aplicação
O simulador de voo dinâmico é mais barato e mais eficiente do que os testes de voo em muitos casos. A Força Aérea Sueca – Flygvapnet, usa o DFS principalmente para o treinamento. Outros clientes também podem usá-lo para treinamento e testes .
Treinamento de pilotos
A Força Aérea Sueca usa o DFS para o treinamento de pilotos, especialmente para os pilotos do JAS 39 Gripen. O Gripen é muito mais exigente do que as aeronaves anteriores por causa de sua rápida aceleração e alta carga G gerada, além da capacidade de manter altas cargas G.
O DFS também pode ser utilizado para a seleção dos pilotos.
Integração Homem/Máquina
Apresentação e design do cockpit são áreas que podem ser testadas em um ambiente mais realista do que em um simulador convencional, como por exemplo telas coloridas e capacete Helmet Mounted Display(HMD).
Estudos fisiológicos de pesquisa e avaliação médica sobre a respiração em altas cargas G e registro de pressão arterial, saturação de oxigênio ECG, podem ser realizados no DFS. Equipamentos médicos avançados podem ser usados para esses fins.
Teste de novos equipamentos para os pilotos, incluindo G -suit são testados no DFS. Também é possível testar os equipamentos do caça, por exemplo, sistemas de oxigênio e reguladores .
Dados Técnicos
– Força G máxima : 15 G
– Aceleração acima de 10 G
– DC motorizada, 1900 kW, peso: 93 toneladas. Um grande motor que foi projetado para atender as exigências de aceleração e de ter uma vida útil calculada de 40 anos.
– Dois graus de liberdade na gôndola, que tem a possibilidade de alcançar altas acelerações angulares em pitch and roll. Toda a comunicação elétrica (energia, dados e transmissões de sinais), de e para a gôndola, se dá através de anéis, conjuntos elétricos no braço e os dois eixo cardan.
– O desenho gôndola se presta facilmente para a instalação de diferentes inserções. A inserção do cockpit do JAS 39 Gripen, é usada para treinamento de pilotos, uma inserção com um assento giratório é usado para outros fins de investigação.
– Um sistema de simulação de voo visual oferece modelos de aeronaves e sistemas de armas e uma janela visual de apresentação.
– O sistema de aquisição de dados fornece a possibilidade de medir e analisar os sinais técnicos e biomédicos, tais como força G, pressão reguladora G, ECG e pressão arterial.
Câmara Hiperbárica
A câmara hiperbárica consiste de duas partes, uma câmara principal e um bloqueio de entrada. A câmara principal é usado como uma câmara de resgate para acidentes de mergulho. Adicionalmente, a câmara pode ser usada para testes de equipamentos, pesquisa e tratamento hiperbárico.
Equipamento
A câmara principal tem o ambiente supervisionado e monitorado por instrumentos de sensoriamento de oxigênio e dióxido de carbono. A câmara também tem Duocom connection, Medicine airlock, bibs masks, máscaras de oxigênio, telefone e interfone.
Dados Técnicos
Profundidade Máxima: 50 metros (6 ATA.)
Capacidade: 4 pessoas.
Câmara Hipobárica
A câmara hipobárica ou câmara de altitude consiste em duas câmaras. Uma pequena câmara é usada para testes de equipamentos e treinamento de pilotos que voarão em altitudes extremas. A câmara maior é usada para treinamento normal de todo o pessoal que pretende voar acima de 3.000 m (10.000 pés) de altura. A câmara é também utilizada para o tratamento de determinadas perturbações médicas.
Treinamento sob hipóxia
A câmara pode acomodar três pilotos além do instrutor e pode simular altitudes de cabine de todos os tipos de aeronaves comerciais para permitir uma gradual perda de pressão na cabine. Janelas de observação, câmeras e sistemas de comunicação permitem que pessoas de fora possam ver e ouvir colegas dentro da câmara e, assim, reforçar a experiência de formação.
Dados Técnicos
Altitude máxima: 30.000 metros
Capacidade na câmara pequena: 1 pessoa
Capacidade na câmara grande: 4 pessoas
Piscina de Teste
Introdução
A piscina é usada para treinamento de pilotos e testes de equipamentos de resgate pessoal. Os usuários são pilotos e tripulantes de todos os tipos de aviões e helicópteros, tanto militares quanto comerciais.
A piscina também é usado para pesquisa e desenvolvimento de novos equipamentos. É possível gerar o mau tempo, com ondas altas, ventos fortes, chuva pesada e completa escuridão na piscina.
A instalação inclui um guincho para simular operações de resgate de guincho de helicóptero.
Dados Técnicos
– Profundidade da água: 3 metros (9 pés)
– Temperatura da água: 4 à 40°C (40 à 104F)
– Altura de onda: 0,5 m (2 pés)
– Velocidade do vento: 0-14 m/s (0-27 nós)
– Capacidade do guincho: 250 kg
* O Centro Fisiológico de Voo – Physiological Flight Center, é administrado e operacionalizado pela QinetiQ em nome da Administração de Material de Defesa (FMV).
NOTA DO EDITOR: Será que em breve os pilotos da FAB também passarão por este Centro de treinamento?
FOTOS E VÍDEO: QinetiQ