Por Luiz Padilha
Brasília 03/03/2015 – O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, convidou à mídia especializada para um Café da Manhã em Brasília, para falar dos programas e do futuro da FAB e o Defesa Aérea & Naval esteve presente.
Após dar as boas vindas aos jornalistas, o Brigadeiro Rossato, ao lado do Chefe do Centro de Comunicação Social (CECOMSAER), Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic e de seu Vice, Coronel Henry Munhoz, foi possível fazer perguntas e o DAN abriu a entrevista perguntando sobre o programa KC-X2 (Boeing 767) e o futuro do Esquadrão Corsário (2º/2º GT), que após a baixa de seus KC-137, está sem aeronaves para voar.
O Comandante informou que o projeto KC-X2 é prioritário. “O KC-X2 é muito importante para a FAB. Precisamos de um avião com as características do 767: mais capacidade de carga, custo de manutenção mais barato e adequado para a realização de reabastecimento em voo (REVO) para grandes distâncias e mais alto”.
Quanto aos pilotos do Esquadrão, eles estão voando nos 767 em uma empresa de carga brasileira, para já irem se qualificando no modelo.
O DAN perguntou sobre a possível aquisição do JAS-39 Gripen C/D, já que temos 2 jovens pilotos solando a aeronave na Suécia. O Comandante informou que essa possibilidade ainda está sendo negociada, mas que ainda não há nada decidido sobre os Gripen C/D para a FAB. Quanto aos pilotos brasileiros, ele informou que a FAB recebeu um convite para que enviasse 2 pilotos e a mesma aceitou, frisando que é muito importante aproveitar essas oportunidades pois o ganho para os pilotos é enorme e eles sempre poderão repassar essa experiência para outros pilotos.
O DAN perguntou também sobre o desempenho do H-36 (EC725) na FAB e a expectativa para o recebimento do H-36 na configuração C-SAR. O Comandante disse que a FAB está plenamente satisfeita com as aeronaves, não tendo nenhum problema com as mesmas e que o ‘Caracal’ configurado para C-SAR, deverá ser recebido este ano. A versão virá com a sonda para reabastecimento o que dará a aeronave grande autonomia em voo.
Sobre os cortes anunciados pelo governo na pasta da Defesa e suas implicações nos programas da FAB, o Comandante disse que muitos dos projetos estratégicos da FAB estão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que ainda não há uma definição junto ao Ministério da Defesa sobre possíveis cortes orçamentários. “Estaremos solidários ao governo. Temos que aceitar a realidade do país”.
“Queremos uma Força Aérea mais enxuta, mais capacitada e mais operacional com os meios adequados”, afirmou o Comandante da Aeronáutica.
O Comandante destacou a necessidade de adequar a instituição aos novos tempos. “Vejo a atuação dos profissionais de comunicação como uma atividade crescente e importante. Há interesse na divulgação em tudo o que ocorre em aviação, tanto civil quanto militar, no Brasil e no exterior”, disse.
O Comandante também ressaltou a necessidade de levar informação à sociedade, que muitas vezes desconhece a extensão dos ganhos em investimentos na área de defesa, como consequência da transferência e desenvolvimento de novas tecnologias.
O Chefe do Centro de Comunicação Social (CECOMSAER), Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, destacou a importância do evento onde profissionais especializados na área militar tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas diretamente com o Comandante da Aeronáutica.