Quatro aviões militares russos voando no espaço aéreo internacional sobre o Mar Báltico foram interceptados por caças Gripen suecos na terça-feira, informou fonte militar do país escandinavo. A Suécia, que não é membro da OTAN, disse que acompanhou um grupo constituído por dois bombardeiros Tu-95 e dois aviões de combate, que voavam com os seus transponders desligados.
“O nível de ameaça para a Suécia não aumentou, mas as forças armadas acompanham, como sempre, o aumento da atividade em nossa vizinhança”, disse o militar em um comunicado.
As relações entre o Ocidente e a Rússia têm sido preocupantes, desde que o ex-país soviético anexou a Crimeia em março e envolveu-se agora em uma longa guerra no leste da Ucrânia. Durante o ano passado, a Rússia realizou centenas de voos no espaço aéreo internacional da Europa, forçando caças europeus e da OTAN reagirem.
Na semana passada, caças da OTAN de origem espanhola e italiana, interceptaram jatos russos que voam no espaço aéreo internacional perto da Letônia, onde também foi informado a presença de submarinos russos e navios na sua zona econômica exclusiva, a apenas 39 quilômetros de sua costa.
O maior problema para a maioria dos países não são as aeronaves russos em si, mas sim o fato de que muitas vezes eles voam sem os transponders ligados, o que significa que aviões comerciais e torres de controle de tráfego aéreo vão ter mais dificuldade para localizá-los, o que aumenta o potencial de uma colisão no ar.
A Suécia e a Dinamarca convocaram os embaixadores russos em dezembro, para reclamar sobre um incidente quando um jato russo viajou em uma trajetória de um voo comercial entre Copenhagen e a Suécia. Já a Rússia, nega que tenha sido um perigo para voos comerciais.
As interceptações vêm no mesmo dia em que aviões norte-americanos, suecos e finlandeses iniciam operações na região do Báltico.
FONTE: IBT
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval