Empresa norte-americana transportava nigerianos em rotas domésticas, só permitidas por lei a companhias nacionais. Aérea é representada no país por coronel da reserva da Aeronáutica, que diz não saber se houve irregularidade.
A Dynamic é representada no país por Douglas Machado, coronel da reserva da FAB (Força Aérea Brasileira) que já atuou na Anac (Agência Nacional da Aviação Civil), de onde foi exonerado em 2008.
Com dois Boeings 767 com capacidade para transportar até 250 passageiros cada um, a Dynamic pousou nos últimos dias em Fortaleza, Belém, Manaus e Natal.
A legislação Aeronáutica proíbe empresas estrangeiras de embarcar passageiros e transportá-los entre cidades brasileiras, prática conhecida como cabotagem.
Em razão da expulsão feita pela Anac, cerca de 400 nigerianos tiveram que ser realocados em voos de São Paulo para Porto Alegre, onde a seleção enfrentou a Argentina nesta quarta (25).
As passagens foram vendidas por agências de turismo estrangeiras, que estão sendo acionadas por meio de embaixadas para resolver o problema dos turistas, de acordo com o presidente da Anac, Marcelo Guaranys.
A expulsão foi feita pela Anac, em uma ação coordenada com o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e a FAA, agência reguladora dos EUA.
Além da cabotagem, a Dynamic operava sem ter “slots” (vagas para pouso e decolagem) autorizados.
Pelas regras adotadas para o período da Copa do Mundo, tanto a aviação comercial regular quanto a executiva e as empresas de fretamento precisam solicitar antecipadamente a autorização para pousar e decolar no país.
“Meu papel como representante da Dynamic era facilitar a vida de todos os envolvidos”, afirmou o coronel Machado. “Respeito a Anac, mas não estou em condição de dizer se houve ou não irregularidade.” A reportagem entrou em contato com a Dynamic, mas não obteve resposta.
FONTE: Folha de São Paulo
FOTO: Ilustrativa