Fortalecer a parceria entre os governos brasileiro e estadunidense na área de indústria de defesa e estabelecer novos negócios. Com este objetivo, foi realizado, nesta sexta-feira (30/09), o Diálogo da Indústria de Defesa Brasil e Estados Unidos, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Promovido pelos Ministérios da Defesa, das Relações Exteriores (MRE), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MICS) do Brasil e pela Embaixada dos Estados Unidos, a reunião culminou na assinatura de uma carta de intenções, oficializando a intensificação do diálogo entre os governos, juntamente com as indústrias de defesa das duas nações. Representantes de mais de 65 empresas de ponta da área também prestigiaram o encontro visando assuntos de interesse de ambos países, como transferência de tecnologia, exportação e importação de produtos do setor, entre outros.
Segundo a embaixadora Liliana Ayalde, as Forças Armadas de ambos países já vem construindo relações de cooperação na área. “Estamos construindo sobre uma fundação muito forte. Militares e governo tem relacionamento frutífero para unir nossas indústrias”, comenta.
Das parcerias consolidadas entre os governos, segundo a embaixadora dos EUA, está o acordo da Boeing e a Embraer, no acordo comercial para o cargueiro da Força Aérea Brasileira, KC-390; e o emprego do caça A-29, também da empresa brasileira, pelas Força Aérea Americana no Afeganistão. “Estamos empenhados em fortalecer nossos vínculos nos anos vindouros,” acrescentou.
O ministro da Defesa destacou a importância de institucionalizar a cooperação entre os dois países, fazendo com que ambos comunguem das mesmas ideias e partilhem de uma agenda de interesses. Jungmann ressaltou o desejo em desenvolver um produto na área de defesa que seja binacional. “O diálogo é o ambiente ideal para facilitar negócios e eliminar barreiras para o compartilhamento e aprofundamento da cooperação entre os governos”, pontua.
Outro assunto apresentado pelo ministro é colocar a Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), unidade de lançamento de foguetes da FAB, à disposição do governo americano. “O lançamento de satélites e foguetes aeroespaciais tem para nós uma enorme importância que seja retomada em bases soberanas”, acrescentou.
Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Cynthia Fernandes