Os contínuos atrasos, pelo Ministério da Defesa da Índia, em finalizar a sua compra de 126 aeronaves Dassault Rafale, está forçando a Força Aérea Indiana (IAF) a estender a vida operacional de várias de suas envelhecidas aeronaves, bem além do programado.
Fontes oficiais disseram que durante a reunião de comandantes da IAF, que aconteceu em Nova Deli no dia 22 de outubro, para a sua conferência bianual, foram discutidas várias opções para manter operacionais os caças MiG-21 Bison (‘Fishbed-L’) até 2022-24.
Isso vai muito além do prazo, que seria 2019, anunciado pelo Marechal-do-Ar N A K Browne em abril.
A IAF visa manter os níveis de força com 32 a 34 esquadrões de caça, reduzindo as horas de voo do MiG-21 e realizando verificações freqüentes e exaustivas para manter a TTL (Total Technical Life).
Das 874 variantes do MiG-21 adquiridas pela IAF desde 1964, 264 ainda estão em serviço, mas a maioria será retirada de serviço até 2017.
No entanto, as 125 aeronaves retrofitadas para a versão MiG-21I Bison, continuarão em serviço muito além desta data, disseram fontes da IAF. A atualização Bison equipou a aeronave com o radar multi-modo Phazotron-NIIR Kopyo, sistema de navegação Thales Totem 221G INS/GPS e armamentos avançados.
O IAF também continuará a operar os cerca de 100 aviões de ataque ao solo MiG-27ML ‘Flogger-J’, que foram introduzidos na década de 1980, e das quais, 88 foram recentemente modernizados. Eles foram equipados com armamento e aviônicos avançados, suítes de guerra eletrônica e capacidade de reabastecimento em voo.
“Atualmente, a IAF não tem outra escolha a não ser estender a vida útil de seus caças mais velhos, como MiG-21 e MiG- 27, já que não existem alternativas imediatas no horizonte”, disse o Brigadeiro da reserva V K Bhatia.
O IAF precisa destes aviões para manter a paridade numérica com as Forças Aéreas do Paquistão e da China, disse Bhatia, acrescentando que “os impedimentos recorrentes na produção do caça leve de ataque Tejas,foram adicionando aos problemas da IAF.”
No dia 30 de outubro o Ministro da Defesa, A K Antony, frustrou as esperanças da IAF com a possibilidade de assinar o contrato de compra do Rafale dentro do Exercício 2013-14, que termina em março de 2014. Ao invés disso, indicou que o complexo processo de negociação e aprovação, iria demorar mais algum tempo.
Em uma coletiva de imprensa em Nova Delhi, Antony disse que o governo não iria interferir com a compra do Rafale e nem estabelecer um prazo para a sua conclusão. Em vez disso, iria seguir “os processos devidos” para garantir a transparência, disse ele.
Antony afirmou que, após o Comitê de Negociação de contrato ter terminado as suas deliberações com a fabricante Dassault, a aquisição do Rafale seria avaliada pelo Ministério da Defesa e pelo Ministério das Finanças, antes de garantir a aprovação final do Comitê de Ministros de Segurança. Por isso, é quase certo que o negócio do Rafale só será assinado pelo próximo governo, que assumirá o cargo após as eleições gerais, marcadas para o início de 2014.
TRADUÇÃO E ADAPATAÇÃO: Defesa Aérea & Naval