Trinta e dois Aspirantes a Oficial Aviador iniciaram o Curso de Especialização Operacional da Aviação de Caça 2017 este mês. Após voarem sozinhos, é chegada a hora de se especializarem nas missões específicas do combate aéreo.
Antes do voo solo, os estagiários tiveram aulas teóricas sobre o funcionamento da aeronave, instruções no simulador do A-29 Super Tucano e realizaram voos diurnos com instrutor a bordo.
Os bastidores do primeiro voo solo
Foco é o que define o estado mental do piloto que se prepara para o primeiro voo solo. Qualquer um que acompanhasse os passos do Aspirante João na manhã do dia 18 de abril, antes de “solar” o A-29 Super Tucano (voo sem instrutor a bordo), perceberia que ele estava completamente focado, observando e checando todos os detalhes do pré-voo.
Após o briefing com o instrutor que avaliaria seu desempenho e já equipado com capacete, luvas, protetor auricular e macacão antigravidade, João dirigiu-se para a casa de pista, onde fez o aceite da aeronave e verificou o plano de voo. Realizou, então, a inspeção no avião e iniciou a comunicação com a torre de controle para obter autorização para decolar.
Lá no alto, o primeiro voo solo ocorre na zona aérea exatamente acima da Ala 10, em Natal, e inclui ações básicas de pilotagem: decolagem, controle da aeronave, pouso e arremetida. Toda a instrução aérea é registrada pelo sistema de gravação de dados do A-29.
“A crítica-vídeo, como é chamada a apreciação das gravações do voo, é uma ferramenta extremamente importante. Ela permite a análise das imagens e de dados como ângulos, velocidade, carga G [de gravidade] e emprego de armamentos reais e simulados, dentre outros aspectos.
Afinal, solo!
O momento do solo marca a independência do aluno na pilotagem do Super Tucano e é comemorado por todo o Esquadrão Joker. Já na pista de pouso, o Aspirante João taxiou a aeronave até bem próximo do pátio do Esquadrão, saiu e tocou o sino.
João foi recebido pelo Comandante da Ala 10, Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, e pelo Comandante do Esquadrão Joker, Tenente-Coronel Aviador Gustavo Pestana, que lhe presenteou com a bolacha do esquadrão, para ser ostentada no uniforme.
O momento foi comemorado com todos os instrutores e companheiros de turma, que entoaram a canção “Afinal”, cantada desde 1953 para marcar os voos solos da unidade.
Fonte: ALA 10, Tenente Juliana Lopes
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Raquel Sigaud