Por Javier Bonilla
A Armada da República Oriental do Urugai (AROU) rapidamente esclareceu a sua “completa e absoluta falta de interesse em adquirir helicópteros Westland Super Lynx MK-95”, um fato que havia sido publicado recentemente por um correspondente argentino da revista britânica Combat Aircraft, e analisada como uma possível negociação com Portugal para incorporar navíos como o João Coutinho ou Baptista de Andrade, quando só se falava de patrulhas de alto mar Viana do Castelo, em uma cerimônia pelo Comandante-em-chefe da Marinha uruguaia, Almirante Ricardo Giambruno, sobre cuja continuidade ou não, ainda nada se sabe, especialmente quando o Uruguai poderá também considerar outras opções mais baratas, provenientes de outras fontes.
Segundo altas fontes navais, devido aos altos custos operacionais, de logística e de manutenção deste e de outros modelos anteriores do helicópteros Lynx, “seria impensável aceitar esse modelo para usar no Uruguai, isto significaria quase um atestado de óbito para a Aviação Naval”, face os aspectos orçamentais que isso implicaria. De acordo com essas mesmas fontes, em seu discurso, o almirante Giambruno se referia apenas a doações de Esquilo bimotores brasileiros, “e não a qualquer Lynx português”.
“Agora estamos aguardando, talvez este mês, o novo componente de asa fixa, outro B-200, para complementar o original, A-871, e depois ver a urgente questão da asa rotativa”, disse o informante, no que também coincidam outras altas fontes militares que centralizam o assunto do futuro helicóptero em unidades, novas ou usadas, do Eurocopter EC-145 ou Sea King modernizados, podendo ser talvez consideradas ainda a alternativa da Bell.
“Queremos só aquilo que podemos manter”, disse um alto oficial aeronaval. Nos últimos tempos, a Aviação Naval perdeu, por falta de equipamento, a sua capacidade SAR depois de ter dado baixa no início de 2010, do último Wesland Wessex, sendo necessário incorporar helicópteros de médio porte, equipados com farol de busca, guincho e todos os dispositivos típicos para cumprir a função.
A notícia, para muitos especialistas pode até ser apenas uma provocação oriunda de fontes de inteligência militar da Argentina, que no contexto da atual escalada Kirchner contra o Reino Unido, pela questão Falklands/Malvinas, para sondar a possibilidade de que possa aumentar a presença de equipamentos militares britânico no Cone Sul, com o consequente relacionamento entre fornecedores e clientes.
FONTE: Defensa
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval