Ministro da Defesa brasileiro teve reunião com Jean-Yves Le Drian, mas preferiu manter sigilo sobre teor da conversa sobre compra de aeronaves para a FAB
Amorim e Le Drian mantiveram sigilo sobre o teor da conversa. Apenas classificaram o negócio da compra de caças como “um tabu”. Diante da insistência dos jornalistas para que abordassem o tema, Amorim brincou: “É uma pergunta de vários milhões de euros ou de dólares, não sei exatamente (qual é a moeda), mas de qualquer maneira é (um assunto) de vários milhões de Reais.”
Os franceses estão na concorrência pelo negócio com o caça Rafale, produzido pela Dassault Aviation. Em 2009, logo antes do o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar o Palácio do Planalto, o governo chegou a sinalizar que o caça francês era favorito na negociação, mas as conversas não avançaram.
Estimada em aproximadamente US$ 5 bilhões, a compra de 36 novos caças para a FAB inclui ainda duas outras fabricantes: a sueca Saab, que oferece ao Brasil o modelo Gripen NG, e a americana Boeing, que compete com o F/A-18 Super Hornet.
Na conversa, ambos prometeram aprofundar os projetos de parceria estratégica na área de defesa. Há propostas sobre compra e venda de submarinos e helicópteros militares, além de medidas técnicas. Existe um projeto conjunto para a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro.
“Tenho satisfação em receber o ministro da França, com a qual o Brasil tem cooperação em vários domínios, muito importantes na área da defesa. A França ajudou a fazer o Exército moderno no Brasil, a cooperação entre os dois países teve um impulso nos últimos anos”, disse Amorim.