Agentes estrangeiros atuarão no esquema de segurança durante a Copa

CICC
CICC nacional de Brasília: centro principal funciona no edifício da Polícia Rodoviária Federal. Já a unidade regional fica na sede da SSP-DF

Na reta final da preparação para a Copa do Mundo, o esquema de segurança começou a ser traçado com a ajuda das polícias dos países que atuam no Mundial. Assim como ocorreu no planejamento de segurança do torneio promovido na África do Sul em 2010, o Brasil contará com pelo menos dois agentes de cada delegação.

Eles vão atuar em duas frentes, tanto nas ruas quanto nos centros de monitoramento. Apesar da participação de polícias estrangeiras, elas não estarão livres para exercer função plena no país. O titular da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), Andrei Augusto Passos Rodrigues, esclarece que esses agentes estarão desarmados e serão supervisionados por um oficial brasileiro.

Mesmo com a expectativa de protestos durante o evento esportivo, esses profissionais não são classificados como reforço policial, embora o trabalho deles seja considerado como uma espécie de reforço na área de inteligência. A ideia é que toda a segurança envolvida no evento trabalhe em conjunto. De acordo com Rodrigues, representantes das 32 seleções terão assento no centro de cooperação policial internacional.

“Lá, ocorrerá a troca de informações. O agente de segurança receberá dados e informações de seu país e retransmitirá para a operação no Brasil”, diz. O trabalho realizado em solo nacional também será repassado para as bases de segurança e inteligência das demais delegações.

Além desse tipo de cooperação com agentes que ficarão nos centro de monitoramento, as delegações poderão enviar policiais para atuar nas ruas, chamados de spotters. Eles estarão livres para fazer a segurança em locais como as Fun Fest — festas que serão feitas nas imediações dos estádios. A intenção, segundo Rodrigues, é fazer com que o turista estrangeiro se sinta mais à vontade no trato com os policiais. “Eles farão a interlocução com seus nacionais. Para o torcedor estrangeiro, é uma ação importante ter a referência do próprio policial”, destaca o secretário.

FONTE: Correio Braziliense

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