Como parte da Operação Ágata 8, a missão tinha como característica fundamental o elemento surpresa, por isso toda a ação aconteceu às escuras, o que exigiu dos militares do Esquadrão Onça a utilização de um diferencial tecnológico determinante para a operação, o óculos de visão noturna (NVG, do inglês Night Vision Goggles).
A bordo de um C-105 Amazonas do 1º/15º GAV, a Brigada do Exército partiu de Porto Murtinho, cidade distante 437 km de Campo Grande, com destino à pista de Corumbá (MS). Considerando o perfil da missão, a navegação aérea foi feita à baixa altura e as luzes do avião seguiram apagadas durante toda a viagem. Nesses casos, o NVG permite que a tripulação execute a missão em condições de total ausência de auxílio luminoso.
Preparação – Para a aproximação da área de destino, a tripulação da aeronave do Onça precisou do chamado “mapa de risco”, espécie de “retrato” do relevo das pistas de Porto Murtinho e Corumbá traçadas pelo próprio Esquadrão durante o dia anterior à missão. Informações como a localização de torres de alta tensão, edificações mais elevadas e elevações do terreno precisaram ser anotadas e utilizadas como auxílio durante a missão que seria realizada durante a noite.