A partir da cidade de Santa Rosa (RS), missões de reconhecimento, busca e vigilância estão sendo realizadas na Ágata 5 pela Força Aérea Brasileira, por meio da aeronave remotamente pilotada (ARP).
Também conhecido como Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), o RQ 450 utiliza sensores e câmeras de última geração, capazes de transmitir imagens em tempo real.
“Essa aeronave é composta de sensores infra-vermelho e termal e, na faixa do visível, de um sensor colorido. Isso significa que podemos atuar tanto durante o dia quanto na noite”, explica o Major Leandro, do Esquadrão Hórus (1°/12° GAv).
O VANT tem autonomia de voo de mais de 10 horas. Do interior de um abrigo (shelter) especialmente montado para operações militares, pilotos são capazes de controlá-lo por meio de um sistema de enlace de dados.
“Trabalhamos com frequências pré-estabelecidas que podem ser mudadas durante as missões. Existe também uma criptografia muito difícil de ser quebrada. Assim, temos uma segurança quase que total desses dados e imagens que estamos recebendo e transmitindo”, lembra o Major.
A aeronave possui 450 Kg de peso de decolagem e pode embarcar vários sensores simultaneamente. Ela mede 6 metros de comprimento por 8 metros de envergadura (da ponta de uma asa a outra), podendo voar a 110 km/h.
O Esquadrão Hórus, localizado na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, é a única unidade da Força Aérea Brasileira a operar a ARP. O RQ-450 é fabricado por uma empresa de Israel e, além dos fins militares, também pode ser empregado na área de segurança pública, no controle de desmatamento e em operações de defesa civil.