Com as aeronaves NA T-6, eram executadas manobras de precisão como “Loopings” e “Tounneaux” com duas aeronaves. Posteriormente, após os comentários em terra, onde discutiam todos os detalhes, os aviadores passaram a voar com três aeronaves e, finalmente, com quatro.
Em 14 de maio de 1952, foi realizada a primeira demonstração oficial do grupo.
Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se aos NA T-6, um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça. Foi assim que os cadetes e o público, carinhosamente, batizaram a equipe de Esquadrilha da Fumaça. A primeira escrita foi a sigla FAB, nos céus da praia de Copacabana.
Em 1955, a Esquadrilha passou a ter cinco aviões de uso exclusivo, com distintivo e pintura próprios.
Diante do elevado número de pedidos de demonstração, dava-se, então, o início da função de Relações Públicas da Esquadrilha, aumentando cada vez mais o número de cidades que passavam a conhecer a FAB por seu intermédio. Assim, a Esquadrilha da Fumaça foi aumentando o número de manobras e se popularizando cada vez mais no Brasil e no exterior, até que em 1963 foi transformada na Unidade Oficial de Demonstrações Acrobáticas da Força Aérea Brasileira, única no mundo a se apresentar com aviões convencionais, até 1969.
Nesse ano a Fumaça recebeu sete jatos Super Fouga Magister que, por suas limitações técnicas, operaram até 1972. Como não haviam abandonado o velho T-6, continuaram as apresentações até que, em 1976, após 1.272 demonstrações, o então Ministério da Aeronáutica resolveu aposentar o avião que deu início ao sonho e, a partir daquela data, a Fumaça também deixou de existir.
Alguns anos mais tarde, já na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga/SP, o seu Comandante incentivou a reativação da Fumaça. Após selecionar alguns instrutores, que passaram a treinar com os T-25 Universal que equipavam o Esquadrão de Instrução Aérea, colocou no ar o Cometa Branco, o qual incorporou os procedimentos de segurança e a doutrina da antiga Fumaça.
A 10 de julho de 1980, aconteceu a primeira demonstração daquele grupo de instrutores, durante a cerimônia de entrega de Espadins aos Cadetes que, naquele ano, haviam ingressado na AFA. Após 55 demonstrações, os “Tangões” passaram a incorporar a famosa fumaça e, em 21 de outubro de 1982, era criado o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), que, gentilmente, o público não deixou de chamar de Esquadrilha da Fumaça.
Em 8 de dezembro de 1983, foram adquiridos os EMB-312 Tucano da Embraer, aeronave utilizada até os dias de hoje.
Com o tempo, as aeronaves e as acrobacias mudaram. Embora com uma estrutura bastante diferenciada do início, a essência da Esquadrilha mantém preservado o espírito de arrojo e determinação do grupo, procurando resguardar, hoje, os princípios que lhe deram sustentação ao longo da sua existência.
Diante do reconhecimento nacional e internacional, concretizou-se como instrumento de Relações Públicas da FAB, atingindo um lugar de destaque nos principais meios de comunicação dos países por onde passa.