12ª Cia E Cmb L em adestramento do Pelotão de Engenharia da Força de Atuação Estratégica

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Por Rubens Barbosa Filho

A 12ª Companhia de Engenharia de Combate Leve Aeromóvel (12ª Cia E Cmb L), única Organização Militar de Engenharia de natureza Aeromóvel do Exército Brasileiro realizou nos dias 4 e 5 de Agosto, em Pindamonhangaba/SP, treinamento do Pelotão de Engenharia da Força de Atuação Estratégica (FAE), executando missões de Infiltração e Exfiltração Aeromóvel de Tropa para Patrulha de Destruição, Adestramento de Rapel em Aeronave, Adestramento de Balizamento de Zona de Pouso de Helicóptero (ZPH) e Içamento de Carga por Helicóptero.

Para a realização deste adestramento, foram utilizadas as aeronaves HM-1 Pantera e HM-3 Cougar, ambas pertencentes ao 2º Batalhão de Aviação do Exercito (2º BAvEx), e a unidade especializada em Transporte Aéreo e Suprimento Especial de Aviação do Exército (TASA).

Infiltração e Exfiltração de Tropa

O DAN acompanhou o Pelotão de Engenharia da FAE em treinamento na “Operação Quebra Canela Aeromóvel”, que representava o acionamento da Companhia de Engenharia de Combate Leve e que teve como objetivo a inutilização de uma pista de pouso clandestina simulada, com uso de explosivos reais, para coibir uma possível rota de tráfico e outras ameaças em determinada área do Vale do Paraíba/Serra da Mantiqueira.

     

Após o reconhecimento prévio especializado e identificação das coordenadas da possível Pista de Pouso Clandestina, a tropa da 12ª Cia E Cmb L foi infiltrada no terreno em Infiltração Aeromóvel com o emprego do helicóptero HM-3 Cougar do 2º BAvEx.

     

A tropa embarcou na Área de Instrução da Companhia com todo o material necessário ao cumprimento da missão, e o desembarque da aeronave foi feito em área próxima ao objetivo de onde o Pelotão iniciou marcha para o local identificado pelo reconhecimento para o cumprimento da missão.

Para a organização e realização desta operação, foram utilizados equipamentos especiais cuja principal característica é a de ter dimensões reduzidas e pesos compatíveis que permitam o seu transporte por helicópteros, e que têm o objetivo de executar trabalhos técnicos tais como: Reconhecimento Especializado, Instalações, Organização do Terreno, Conservação de Zonas de Pouso de Helicópteros, entre outros , atendendo as demandas do Exército.

     

Atualmente a Caixa do Sapador,  cuja principal característica é a de conter equipamentos de  dimensões reduzidas e pesos compatíveis que permitam o seu transporte por helicópteros, é dividida em 19 módulos que abrangem todos os suprimentos necessários para a realização da missão básica da 12ª Cia E Cmb L como: Reconhecimento Especializado, Instalações, Organização do Terreno, Conservação de Zonas de Pouso de Helicópteros, entre outros, atendendo as demandas do Exército.

As Caixas do Sapador  são dotadas com motobombas, motosserras, perfuradores portáteis de solo, tirfor, sonares para reconhecimento de cursos de água, rabetas para uso em botes infláveis, cortadores abrasivos, desencarceradores, kits de potabilidade de água, botes infláveis, kit de explosivos, detectores de metal, compactadores de percussão, rompedores e perfuradores de pavimento, equipamentos para mergulho usados para remoção de obstáculos e desativação de explosivos em cursos de água e represas.

Foto: 12ª Cia E Cmb L/Cb Chaves

Içamento de Carga por Helicóptero

Por questão de segurança, o adestramento foi realizado em uma área isolada do Aeroclube de Pindamonhangaba e sob a atenta orientação das equipes do TASA e da 12ª Cia E Cmb L, que se capacitaram a prover condições de transporte externo de um veiculo do ponto A para o ponto B, usando todas as técnicas necessárias de cálculo de peso, balanceamento e amarração da carga.

     

Para este exercício, foram utilizados um Trator Polivalente ou Multiuso com peso aproximado de 2.800 kg, e um Veiculo Utilitário Militar MGator A1 com peso aproximado de 900 kg podendo ter alterações conforme os acessórios empregados.

O MGator A1 é dotado de tração 6×6 e é equipado com um motor de 21cv, deslocamento 850cc³ em ciclo Diesel com compatibilidade para uso de combustível de jatos JP8 (similar ao JET A), conforme os dados do fabricante, e possui capacidade de carga útil de 750 kg e reboca até 635 kg.

Em situação de combate, após o desembarque, este veículo é empregado no estabelecimento de uma Cabeça de Ponte Aeromóvel, apoiando os Pelotões de Engenharia no transporte de material desde a ZPH até aos pontos estabelecidos.

Rapel com o HM-1 Pantera

Durante as operações de Incursão Aérea, nem sempre é possível se estabelecer uma ZPH. Nestes casos, é necessária a utilização de outros métodos para a inserção aérea da tropa, tais como o  Rapel, MacGuire, Helocasting (desova em meio aquático), Fast Hope e Guincho.

 

Neste adestramento, foi utilizado o método de Rapel, empregando uma aeronave HM-1 Pantera, que se mantém em voo pairado e sob total coordenação da tripulação do helicóptero, após a ordem do piloto os mecânicos de voo lançam as cordas tipo perlon (com miolo mole), uma de cada lado.

A equipe de solo coordena a segurança em terra para a frenagem do militar que desce no rapel e o afastamento dos chicotes das cordas para que não comprometam a segurança da operação, e simultaneamente, em coordenação entre o Comandante da aeronave e os mecânicos, que sinalizam entre si o “pronto”, dá-se início à descida pelas duas cordas com dois militares por vez, um de cada lado da aeronave, para não desestabilizar o helicóptero, devendo ambos tocarem o solo ao mesmo tempo. Para a descida os militares são equipados com assento tipo boldrié, mosquetão, freio em oito, luvas próprias para rapel e óculos de proteção.

Balizamento de Zona de Pouso de Helicóptero (ZPH)

A ZPH é o local onde se instala toda a estrutura que permite o pouso de um número máximo de aeronaves previstas para uma determinada missão, no menor tempo possível. O movimento de pessoal e material deve ser balizado de forma que não interfira nas operações de pouso e decolagem subsequentes.

O Balizamento utilizado para o adestramento foi do tipo “YANKEE”, que caracteriza-se pela colocação dos painéis brancos de visualização em formato de Y o  que permite ao piloto enxergar uma rampa de aproximação e o ponto ideal de toque, com referências visuais posicionadas à direita e à esquerda da aeronave.

NOTA do EDITOR: Agradecemos ao Major Menegatto (Comandante), ao Sgt. Almir, Sgt. Adroaldo e Cb Chaves (12ª Cia E Cmb L), ao Maj Guaraciaba, Maj Rômulo, Maj Assunção, Cap Tiago Miranda, Sgt Gustavo Costa, Sgt Almeida, Sgt Scienza (2º BAvEx), aos demais militares que não pouparam esforços para atender a reportagem, e a Diretoria do Aeroclube de Pindamonhangaba.

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