Esquadrão HS-1 realiza quinto lançamento do míssil Penguin

Por Guilherme Wiltgen

O 1° Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino (HS-1) durante a recente Comissão Missilex II, lançou no dia 24 de junho o Míssil Ar-Superfície AGM-119 Penguin com cabeça de combate contra o casco da ex-Corveta Jaceguai.

O SH-16 N-3033 foi preparado e armado pelas Praças da Divisão de Armamento do HS-1 armada a bordo do Navio Doca Multipropósito (NDM) Bahia (G 40).

Após o seu lançamento pelo Seahawk, o AGM-119 Penguin realizou um voo de um minuto e quarenta segundos no modo “Dog Leg”, até atingir a alheta de boreste do navio alvo, que foi a pique em 7 minutos, após o impacto, mostrando a letalidade do binômio Seahawk x Penguin.

O Penguin na Marinha do Brasil

O primeiro lançamento ocorreu em 10/12/2014, durante a realização da Operação ADEREX II/Semana da Marinha, quando a aeronave SH-16 Seahawk N-3034 (Guerreiro 34) realizou com sucesso o primeiro lançamento na Marinha do Brasil, embarcado no Navio de Desembarque Doca Ceará (G 30). O exercício fez parte do programa de qualificação e adestramento do 1º Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino (HS-1) no Seahawk, contribuindo para a evolução operacional do Esquadrão para a guerra antissuperfície (ASuW).

Durante a Missilex 2016, na tarde de 12/04, o Esquadrão HS-1 empregando duas aeronaves SH-16, realizou o lançamento de dois mísseis Penguin contra o casco da ex-Corveta Frontin, causando danos significativos ao alvo.

O último lançamento do Penguin pelo HS-1 havia ocorrido no dia 18/06/19 quando o N-3032 atingiu o casco da ex-Corveta Inhaúma.

Penguin MK2 MOD7

O AGM 119B Penguin MK2 MOD7 é um míssil ar-superfície no estado da arte fabricado pela Kongsberg Defence Systems, sendo do tipo “Fire-and-Forget” com guiagem IR (Infra-Red) e alcance de 18MN.

A versão lançada de helicópteros iniciou seu desenvolvimento na década de 80 devido ao interesse da US Navy, o que levou ao desenvolvimento do Mk2 MOD7 para ser integrado ao Light Airborne Multi-Purpose System (LAMPS) III.

Uma das modificações realizadas mais visíveis, foi a adoção das asas dobráveis para adaptar o míssil ao cabide do Seahawk. Outro ponto importante foi a adoção do novo controle digital do míssil como a capacidade de realizar curvas de 180º, conhecido como “Dog Leg”.

O Penguin Mk2 Mod 7 possui um arco de disparo de 360º, o que permite ao helicóptero lançador possa atacar alvos, em qualquer que seja a sua direção, sem necessariamente ter que alterar o seu curso. 

A marinha do Brasil possui hoje os helicópteros navais mais modernos e capacitados no emprego da guerra anti-superfície da América Latina, equipados com mísseis ar-superfície no estado da arte, estando no mesmo nível dos empregados pelas principais marinhas do mundo e capaz de operar nos mais diversos teatros de operação e na Defesa da Amazônia Azul.

 

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