Aderex-I 2019: Tiro sobre Drone e “Killer Tomato” – Parte II

Por Guilherme Wiltgen

A Aderex tem como principal tarefa adestrar as tripulações dos navios e aeronaves, bem como o Estado-Maior da 2ª Divisão da Esquadra (DIV-2), através de operações e ações clássicas de Guerra Naval, fainas marinheiras e exercícios dos mais diversos tipos, entre eles o de fogo naval.



Nesse contexto, o primeiro exercício do dia foi a GUNEX, que envolveu o PHM Atlântico, as Fragatas Constituição, Independência e Greenhalgh, a Corveta Júlio de Noronha e o NDCC Alte. Saboia, que se estendeu por toda a manhã até próximo das 13h.

Para dar início ao exercício, Fragata Greenhalgh lançou  o drone alvo “Bunshee”, que é um alvo aéreo reutilizável, catapultado a partir do convoo de um navio.

Ele possui piloto automático, telemetria, GPS e sistema de navegação por waypoint, podendo suportar perfis de voo de mais de 100 km, sendo controlado a partir de uma estação remota instalada no navio lançador.

Próximo do fim da sua autonomia, libera um rastro de fumaça antes de cair no mar, o que ajuda na sua localização e recuperação.

Coube a Fragata Constituição realizar o lançamento do “Killer Tomato”, que é carinhosamente chamado na Marinha do Brasil de “Jerimum Assassino”, a versão abrasileirada do famoso alvo inflável utilizado pela US Navy.

O “Killer Tomato” é um alvo inflável de cor alaranjada, portanto de fácil visibilidade, que é lançado no mar para exercícios de tiro. Possui dimensões um pouco menor que um carro leve, ele é amplamente utilizado por diversas marinhas ao redor do mundo para a prática de tiro dos mais variados tipos de armamento utilizados a bordo, desde de metralhadoras até canhões.

Para o exercício de tiro, o PHM Atlântico utilizou um dos seus quatro canhões Bushmaster ATK Mk44 de 30mm, localizado a vante e a boreste. Esses canhões são dotados de uma alça optrônica, com câmera de TV, IR (Infra-Red) e transceptor laser.

Eles podem ser operados por consoles posicionados em estações próximas, guarnecidas por um artilheiro, ou remotamente do COC (Centro de Operações de Combate), através de quatro consoles.

Dando início ao exercício, o PHM Atlântico abriu fogo com seu Bushmaster ATK Mk44 de 30mm sobre o “Killer Tomato”. Como haviam mais navios que participariam da GUNEX, os tiros são dados de forma proposital para não acertar o alvo, dando oportunidade para todos os navios se adestrarem com diferentes tipos de armamentos. O último navio fica com a missão de destruir o “Jerimum Assassino”, finalizando a GUNEX.

Novas capacidades de defesa

Visando aumentar a capacidade de defesa do navio, em breve serão instalados no PHM Atlântico, três lançadores Simbad de mísseis anti-aéreos de ponto Mistral. Eles serão instalados nas mesmas posições que o CIWS Phalanx ocupava originalmente, ou seja, no convoo, um a vante do spot Alpha e  dois em cada bordo da popa, a bombordo e a boreste.

Os lançadores foram os retirados do ex-NAe São Paulo, que por sua vez, também os recebeu do ex-NAeL Minas Gerais, quando de sua baixa do serviço ativo na Marinha do Brasil.

 


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