O Gripen E sob a ótica do engenheiro

Projetar um avião de caça é a arte de fazer as concessões certas, explica Björn Johansson, Engenheiro Chefe para o Gripen E/F, em uma apresentação chamada “O que é o Gripen E” em um recente seminário na cidade de  Estocolmo.

Björn Johansson, que passa a ser o primeiro piloto a registrar mais de 1000 horas no Gripen, começa a apresentação falando sobre os requisitos da Força Aérea Sueca entre 2020 e 2040. Em comparação com o Gripen C/D, o  Gripen E/F deve ter um alcance e carga útil maior, com a interface do pilone MIL-STD 1760E cl. 2 entre outras coisas, diz ele.

Havia duas possíveis soluções para as necessidades futuras da Suécia, aponta Björn Johansson: Um novo projeto saindo zero (“white paper”), sem limites/restrições técnicas, poderia ter sido iniciado. Este teria envolvido extensos testes e teria saído mais caro. Em alternativa, um Gripen pode ser modificado por designs com a reutilização de peças e esta seria uma opção consequentemente mais barata.

Björn Johansson diz que o programa Gripen NG foi capaz de mostrar que o Gripen pode ser modificado para atender às necessidades de clientes em escala, com conjunto de carga útil e sensores novos/armas/contramedidas eletrônicas. O Gripen NG demo também demonstrou que era possível instalar um motor com maior empuxo, um radar AESA, um novo sistema de aviônicos e transportar mais combustível interno. Além disso, esta abordagem reduz custo e tempo de espera em 60%, graças a processos e estratégias dos novos fornecedores, MBD para o projeto da fuselagem e MBSE para desenvolvimento de sistemas. Mais importante, o Gripen Demo reduziu significativamente os riscos envolvidos no desenvolvimento da aeronave Next Generation.

Explicando os desafios de engenharia, Björn Johansson diz que é tudo sobre a arte de fazer as concessões certas. Um dos maiores desafios de engenharia foi criar uma interface homem-máquina altamente otimizada que irá entregar a alta consciência situacional sem um excesso de informação. Da mesma forma, a fusão de sensores e de apoio à decisão, juntamente com a redução da carga de trabalho do piloto, foram questões que poderiam ser melhor abordados por trabalhar de perto com o usuário a desenvolver a próxima geração de aeronaves.

FONTE: Gripenblog

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