Ex-comandantes militares são sentenciados por naufrágio de submarino argentino

Um ex-comandante da Marinha argentina foi condenado à prisão nesta segunda-feira (22) e outro oficial superior foi demitido por várias falhas em suas funções no naufrágio do submarino ARA San Juan, em 2017, que matou 44 tripulantes, informou o Tribunal de Guerra.

O ex-comandante do submarino, o almirante aposentado Marcelo Srur, foi condenado a “45 dias de prisão rigorosa” por “ter informado de forma incompleta o Ministério da Defesa dos fatos iniciais, evitando também fornecer informações aos familiares dos tripulantes”, de acordo com um comunicado do Conselho, composto por comandantes do Estado-Maior Conjunto e um alto funcionário ministerial.

Calota da proa com os tubos dos torpedos

A maior condenação foi a demissão do ex-comandante da Força Submarina, Claudio Villamide, que foi considerado culpado de “descuido ou negligência com as tropas e equipamentos sob seu comando”, entre outros delitos.

Dois capitães ativos receberam 20 e 30 dias de prisão, respectivamente. O submarino era um TR-1700 de fabricação alemã, com 66 metros de comprimento, que serviu de 1985 até novembro de 2017, quando se perdeu dos radares durante o patrulhamento das águas argentinas, aparentemente devido a uma explosão interna por falhas técnicas.

O San Juan foi descoberto a 900 metros de profundidade por um navio da empresa Ocean Infinity, após mais de um ano de buscas, com o apoio de marinhas de outros países. Nunca pode ser reflutuado. Um ex-chefe de uma base naval no sul do país foi condenado a 15 dias de prisão. Um ex-chefe de manutenção e um ex-chefe de operações foram absolvidos.

FONTE: UOL/AFP

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