O Defesa Aérea & Naval visitou os estaleiros de Riva Trigoso e Muggiano e ainda foi a bordo da mais nova Fragata FREMM da Marinha Italiana.
Por Guilherme Wiltgen
Na esteira do atual programa da Marinha do Brasil (MB), para a construção de quatro Corvetas da Classe Tamandaré (CCT), o Defesa Aérea & Naval (DAN) foi conhecer onde a gigante europeia Fincantieri, constrói os modernos navios de guerra para a Marina Militare Italiana (MMI) e outras diversas nações que empregam seus navios ao redor do mundo.
A Fincantieri está participando do programa CCT com o consórcio FLV, formado ainda pela Leonardo e o estaleiro Vard Promar.
Uma relação antiga com a Marinha do Brasil
A história entre a Fincantieri e a MB se iniciou em 1910, quando foram ordenados à Cantieri Navale Fiat San Giorgio, localizada em La Spezia, os três primeiros submersíveis brasileiros da Classe F (Foca), pelo estão Ministro da Marinha, o Alte. Julio César de Noronha, surgindo assim a Força de Submarinos.
Em 18 de janeiro de 1913, a MB também encomendou um Navio Tênder ao Cantieri Navale Fiat San Giorgio. O Ceará teve sua quilha batida em 15 de julho de 1913, foi lançado ao mar em 7 de setembro de 1915 e incorporado a Armada em 28 de abril de 1917.
Em 10 de março de 1937, a MB firmou novo contrato com o estaleiro italiano e adquiriu os submarinos Neghelli, Gondar e Ascianghi, da Classe Perla da Marinha Italiana. Os submarinos foram batizados de Tupy (T 1/S 11), Tymbira (T 2/S 12) e Tamoyo (T 3/S 13), respectivamente.
Ao entrarmos no corredor que dava acesso a sala do Engº Luca Maggiolo, Diretor Geral do estaleiro Muggiano, e a sala de reuniões onde fomos recepcionados, nos deparamos com esta foto do S. Tamoyo, feita durante seus testes de mar ao largo de La Spezia. Estávamos em um lugar histórico, o berço dos submarinos da Marinha do Brasil.
Riva Trigoso
O primeiro estaleiro visitado foi o de Riva Trigoso, em Gênova, onde são construídos os navios de guerra. Há 30 anos trabalhando na Fincantieri, o Engenheiro Naval Stelio Vaccarezza, que se divide entre Unidade de Negócios Navais em Gênova e a Presidência da Fincantieri do Brasil, acompanhou o DAN durante a visita, que iniciou com a apresentação das capacidades do estaleiro pelos engenheiros Roberto Alessandrini, Chefe do Departamento Mecânica, Eugênio e Gabriele e pela Sra. Micaela Longo, do Departamento de Comunicação e relacionamento com a imprensa, da Matriz em Trieste.
O estaleiro em Riva Trigoso é um dos maiores e mais antigos estaleiros italianos, foi fundado em 1° de Agosto de 1897 em Riva Trigoso, que é uma fração da cidade de Sestri Levante, na província de Gênova.
Dos seus 22.000m² de área de produção, o estaleiro já construiu muitos navios de guerra para MMI e outras Marinhas, entre eles estão o porta-aviões Cavour, os Destróieres classe Andrea Doria, Fragatas Classe Lupo e Maestrale, Classe Bergamini (a versão italiana da FREEM), o Navio de Apoio Logístico Vulcano e em breve, o mais moderno OPV da Marinha Italiana, o PPA (Pattugliatore Polivalente d’Altura), entre muitos outros.
Enquanto visitávamos a área de construção, nos levaram para ver de perto três navios de guerra que estão atualmente sendo construídos em Riva Trigoso. Um deles é a segunda unidade do novíssimo PPA, que se encontra em estado avançado de construção.
Os outros dois são a nona e a décima unidades da FREMM (versão de Emprego Geral), Spartaco Schergat (F 598) e a Emilio Bianchi (F 599), previstas para serem lançadas em março de 2019 e 2020, respectivamente. Devido as restrições da Marinha Italiana, não foi possível fotografar os navios.
Sua estrutura industrial ainda possui um guindaste com capacidade para içar estruturas de até 240 toneladas e uma Shipway Plataform de 174 x 60m, por onde os navios são transportados, individualmente, para diques flutuantes para serem lançados ao mar.
Para tudo isso funcionar, a estrutura de funcionários é composta pelo Sr Luca Maggiolo, Diretor Geral (que fica no estaleiro Muggiano), 24 gerentes, 380 Engenheiros/Técnicos/Administrativos, 534 Operários. O Departamento Mecânico é o que demanda a maior parte da mão de obra, respondendo por 306 funcionários.
Em Riva Trigoso são produzidos os hélices, os eixos, os estabilizadores (retráteis e não retráteis), os sistemas de posicionamento, Cargo/Handling e sistema de geração de energia.
Pegando por exemplo a planta dos hélices, praticamente todo o processo de fabricação é feito no próprio estaleiro, sendo que a Fincantieri possui uma gama de hélices que inclui Controllable Pitch Propellers (CPP), Featherable Controllable Pitch Propellers (FCPP) e Fixed Pitch Propellers (FPP).
A Fincantieri Marine Systems tem longa experiência no design e produção de hélices de passo variável, que vão desde os mega iates, passando pelos mais tradicionais navios comerciais até os modernos navios de guerra, combinando eficiência de propulsão em todas as condições de funcionamento, comportamento de cavitação, emissões sonoras e vibrações, visando satisfazer todas as restrições dos projetos, avaliando as características particulares para cada tipo de casco.
Os diâmetros dos hélices variam conforme os tipos de navios, no caso dos modelos militares, um OPV vai de 2 a 3m para 4.500Kw (Max Power Shaft), uma Corveta de 3 a 4m para 6.500Kw, uma Fragata/Destróier de 4 a 5m para 22.000Kw e um porta-aviões de 5 a 6,5m para 44.000Kw.
Os editores do DAN acompanharam a fabricação de um hélice do futuro PPA, mas devido ao sigilo industrial, não foi possível registrar sua fabricação. Outra característica dos hélices da Fincantieri é que as lâminas são todas idênticas, nos explicou o Eng° Vaccarezza. Ou seja, caso seja necessário realizar a troca de uma danificada, durante um deployment por exemplo, a lâmina é substituída por outra sem necessidade de se ter que fazer o balanceamento. Gerando economia de tempo, de recursos e da quantidade de lâminas transportadas a bordo.
Essa tecnologia FCPP, utilizando as lâminas idênticas, também será aplicada ao projeto da Corveta Tamandaré proposta pelo consórcio FLV.
Em outro ponto referente ao programa CCT, o Eng° Vaccarezza nos explicou que o estaleiro Vard Promar não irá produzir algumas partes e peças para os quatro navios, como os hélices e seus eixos, face a escala de produção, e por essa razão, a fabricação se dará em Riva Trigoso, sem taxa de importação.
Outra preocupação do estaleiro é com o controle de poluição. Nada é jogado no mar, tudo é tratado. Isso se reflete na sua vizinhança, cujas praias são públicas e muito frequentadas durante a alta temporada do verão europeu.
Somente com a construção dessas duas classes, o estaleiro tem mais 20 anos de trabalho garantido, levando-se em conta apenas as encomendas do Governo para a Marinha Italiana. Existem ainda as encomendas internacionais, assim a empresa (e o País) mantém a mão de obra qualificada e todo o conhecimento em construção naval militar, parte importante da indústria naval para qualquer país. A manutenção desses programas também reflete diretamente na economia local.
Muggiano e a visita a FREMM
Finalizando nossa visita à Fincantieri, chegamos ao estaleiro Muggiano, localizado em La Spezia, onde fomos recebidos pelo Diretor dos dois estaleiros, o Engº Luca Magiolo. Fundado em 1883, o estaleiro atua em sinergia com o de Riva Trigoso, realizando principalmente as atividades de complementar, preparar, integrar os sistemas e armamentos e realizar os testes de mar dos navios, além de construir submarinos e mega iates.
Durante a nossa visita, foi possível ver um submarino U-212A, da Classe Todaro da Marinha Italiana, que se encontra dentro de um hangar em período de manutenção geral.
Também foi possível ver o impressionante Navio de Apoio Logístico (da sigla em inglês LSS – Logistics Support Ship) Vulcano (A 5335), que se encontra em reparos, devido ao incêndio ocorrido em 22 de julho. o LSS Vulcano foi construído em sua maior parte em Riva Trigoso, somente alguns blocos no estaleiro de Castellammari di Stabia, em Nápoles.
Um dos pontos altos foi a visita a oitava unidade da Fragata FREMM, Antonio Marceglia (F 597), da versão de Emprego Geral, que se encontra em fase final de integração, para iniciar seus testes de mar. Assim como as anteriores, a F 597 foi construída em Riva Trigoso e transferida para Muggiano para ser finalizada e entregue à Marina Militare Italiana.
As impressões sobre o navio foram muito boas e o projeto privilegia a qualidade de vida dos tripulantes, com áreas habitáveis confortáveis, graças ao conhecimento adquirido pela Fincantieri na construção de navios de cruzeiro, essencial para um navio que pode permanecer operando no mar por 45 dias.
A FREMM possui um amplo convoo equipado com uma grelha metálica, para o uso de arpão ou pode ser instalado o sistema RAST (Recovery Assist, Secure and Traverse), podendo operar com aeronaves até o porte do AW101 Merlin. Tanto o convoo quanto os aparelhos de auxílio às operações aéreas são compatíveis com o uso de óculos de visão noturna (OVN/NVG).
Diferente da versão francesa, o hangar é duplo, o que possibilita o navio operar com dois helicópteros, podendo ser dois NH90 ou AW101 ou alternar com um NH-90 e um AW101. Em uma crescente nas modernas marinhas, futuramente poderá combinar com uma aeronave remotamente pilotada. O hangar de boreste tem capacidade de realizar manutenção na aeronave embarcada.
Também fomos a área onde serão instalados os dois lançadores triplos de torpedos Leonardo (WASS) B-515/3 para o modelo MU 90, bem como o seu paiol.
Finalizamos a visita conhecendo o Centro de Operação de Combate (COC) e o amplo passadiço da Fragata, de onde foi possível observar o canhão de proa de 127mm, Oto Melara 127/64, e o VLS Sylver A50 da MBDA, com 16 células para os mísseis Aster 15 e 30.
A Fincantieri
A Fincantieri projeta e constrói navios mercantes, navios de passageiros, navios offshore e navios militares. O estaleiro italiano também atua nos setores de conversão e reparo naval.
Hoje a Fincantieri é um dos maiores grupos de construção naval da Europa e o maior no Mediterrâneo. Emprega cerca de 10.000 pessoas trabalhando em oito estaleiros, dois centros de projeto, um centro de pesquisa e dois locais de produção de componentes mecânicos. No ano passado faturou US $ 4,5 bilhões.
Os estaleiros de Monfalcone (Gorizia), Marghera (Veneza), Sestri Ponente (Gênova), Ancona, Castellammare di Stabia (Nápoles) e Palermo, se reportam à Unidade de Negócios dos Navios Mercantes, enquanto que os estaleiros de Riva Trigoso (Gênova) e Muggiano (La Spezia) para a Unidade de Negócio Naval, sediada em Gênova.
Em 2009, a Fincantieri adquiriu o Manitowoc Company, formado por dois estaleiros em Wisconsin, nos EUA, incluindo o Marinette Marine, que construiu o primeiro Littoral Combat Ship (LCS) da classe Freedom para a US Navy.
A Fincantieri também adquiriu o Manitowoc Marine Group, que é um estaleiro voltado para serviços de reparos, em Ohio, e uma fábrica em Wisconsin.
Com essas aquisições, a gigante italiana se tornou também um dos principais construtores de navios de médio porte nos Estados Unidos, tendo como dois importantes clientes a US Navy e a US Coast Guard (USCG).
Brasil
No Brasil, a Fincantieri é proprietária do estaleiro Vard Promar, localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, onde ocupa uma ampla área na Ilha de Tatuoca.
Aliado a experiência e a solidez do grupo italiano, o fato do consórcio FLV possuir um estaleiro próprio, o coloca em uma posição de destaque na concorrência para construir quatro unidades da Corveta Classe Tamandaré, prevista para ser anunciada pela Marinha do Brasil em Março de 2019.
O estaleiro possui uma localização estratégica no estado, contando com a infraestrutura do porto e a proximidade do complexo aos centros tecnológicos, o que também confere pontos positivos a seu favor.
O estaleiro possui uma área total de 800 mil/m², sendo que a área industrial ocupa 250 mil/m², possuindo ainda um área coberta de 100 mil/m². A linha de edificação é de 300 x 80 m cada, com pórticos de 300 ton de capacidade.
O cais de acabamento de 300 m de comprimento, possui 8 m de calado. Além disso, o Vard ainda tem um dique flutuante com as dimensões de 150 x 40 m.
NOTA do EDITOR: O Defesa Aérea & Naval agradece ao Sr. Stelio Vaccarezza, pela total atenção dispensada, não poupando esforços para a realização desta matéria. Agradecemos também aos demais colaboradores da Fincantieri de Riva Trigoso e Muggiano, pela gentileza e presteza em atender a todos os nossos questionamentos e as mais diversas solicitações.
Obrigado ao DAN por produzir, publicar e comentar. Obrigado aos blogueiros por enriquecer com informações adicionais. Não tem preço. Tem enorme valor. E ajuda a desmistificar assuntos de defesa.
Parabéns ao DAN e a todos que comentaram.
Ps. Ao colega que levou um cruzado e dois diretos…não desista. Eu me assustava com as broncas. Mas é uma maneira de dizer a nós leigos que devemos ler mais.
esse PPA não poderia ter entrado na concorrência da Tamandaré?
Ricardo, até onde eu sei os navios da classe Tamandaré terão cerca de 2800 toneladas e custarão até 350 milhões de dólares, no entanto, não se trata de matemática e no fim vai depender das propostas e ajustes finais.
Pelo que pesquisei esse PPA vai ter o dobro do peso e do preço dos navios da classe Tamandaré.
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Eu gosto dos navios da classe Abu Dhabi e as FREMM (ambas da fincantieri). Eu compraria 1 dúzia de Abu Dhabi e 5 FREMM (meu direito de sonhar) kkkk
PPA tem três versões… Light, Light Plus e Full. Os Light custaram pouca coisa mais que 450 milhões. O Full, que é completo, passa um pouco dos 700 milhões.
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O Light pode ter as capacidades do Full, se a Marina Militare decidir ir aumentando suas capacidades de combate no passar do tempo.
Ricardo as PPAs são muito maiores do que a MB solicitou no programa. Elas deslocam mais de 7.000t.
Excelente matéria. Parabéns ao DAN 🙂
Obrigado RR!
Pra que ir pra Itália encomendar embarcações militares, aqui no Brasil cheio de estaleiro e mão de obra qualificada e desempregada. Tem que dá trabalho aos Brasileiros não aos Italianos
Wonald, acho que você não está acompanhando as compras das Forças Armadas e as empresas internacionais de defesa. Atualmente há uma concorrência da Marinha do Brasil para a compra de uma nova classe, há várias empresas internacionais na disputa ( a fincantieri é apenas 1 das empresas), assim como aconteceu na compra dos submarinos convencionais (onde o grupo DCNS da França venceu) e o caça Gripen (do grupo SAAB da Suécia), ambas as vencedoras estão construindo aqui no Brasil.
Nesse casos com transferência de tecnologia, apenas para lembrar: imagina se fosse uma empresa brasileira fazendo a transferência de tecnologia kkkk ia acabar o mundo: estão vendendo o país, nossas tecnologia e toda aquela choradeira de sempre.
O Brasil não tem empresas com capacidade para construção de navios desse porte e com tanta tecnologia embarcada, desde canhão automático até misseis e sistema eletrônicos. Nunca houve uma demanda nacional por compras de armas, nem no tempo do regime militar
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Minha opinião quanto a essa questão de empregos para brasileiros. É preciso tomar muito cuidado com esse pensamento e a concretização disso, normalmente isso acaba muito mal para o Brasil e muito bom para os donos de empresas fantasmas que surgem no país. Estamos saindo de uma recessão que em grande parte tem essa mentalidade de empresas e empregos nacionais, encheram os bolsos de grandes empresas de dinheiro, criando uma demanda que não existia, algo irreal, desconfigurando a economia real e gerando desigualdade sem precedentes entre empresas (as queridinhas).
Eu sinceramente tenho medo disso, basta ver o passado e ver a quantidade de empresas na área de defesa falidas, veja o caso da ENGESA e o MBT Osório. A marinha precisa de navios e não gerar empregos ou fomentar empresas de defesa (isso deve ser consequência de uma necessidade real do mercado interno e externo, ainda vou além, é fundamental que essas empresas surjam com grande parte em capital próprio, sem ficar encostadas no Estado). Outra questão é o custo Brasil e todos os entraves de se produzir internamente, tudo isso deve ser pensado, tudo isso vira custo final de produção e preço do produto.
Recentemente o Brasil comprou o NDM Bahia (ex-França) e o PHM Atlântico (ex-Reino Unido), navios que novos custariam bilhões de reais, algo inviável. Na minha avaliação esse é o caminho, saber comprar bons produtos com bons preços, com certo controle de tecnologia naquilo que for possível, pois a marinha precisa de navios para a sua atividade fim.
Muita coisa que eu disse não foi dita por você na pergunta, mas é importante deixar claro. Abraço!
Wonald,
Tenho a impressão de que você não leu o artigo…
Wonald, primeiro quero lhe dizer que não, não existe no Brasil mão de obra qualificada para construir NAVIOS DE GUERRA. Segundo, ir a Itália foi muito importante para conhecermos e TRAZER aos nossos LEITORES, como funciona um estaleiro que constrói NAVIOS DE GUERRA.
Então, o que temos caso você não esteja a par da situação da Marinha, é que existe uma concorrência em andamento, onde estaleiros estrangeiros estão competindo para construir NO BRASIL, com MÃO DE OBRA BRASILEIRA, a nossa futura corveta Tamandaré.
No Brasil atualmente existem muitos trabalhadores desempregados, mas com qualificação para construir navios de guerra são poucos ou quase nenhum, muito poucos, pois o país perdeu essa qualificação faz muito tempo. Temos que começar do zero.
Na minha humilde opinião essas fragatas italiana são as mais bonitas. Sonho meu ver a Marinha do Brasil com umas 5 dessas e mais as 4 corvetas Tamandaré feitas pelos italianos também.
Essa eu senti muita inveja!
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Mas fiquei como uma dúvida, na imagem que se pede para olhar a esquerda, para ver o adiantado estado de construção do novo passadiço do LSS… Aquele bloco grandão que estão construindo, não é do novo LHD?
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Não consegui indentíficar o passadiço do LSS.
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Os grandes navios da Marina Militare são construídos em dois grandes blocos, que são unidos naquele grande dique ao lado do “Cavour”, que pode ser visto na imagem de legenda “Fincantieri em Muggiano”. O LSS foi montado ali. O LHD provavelmente seguirá essa prática… Mas uma parte deve vir do
A esquerda tem uma peça mais escura (azul petróleo) que é o novo passadiço do Vulcano. Infelizmente não foi possível sair fotografando os navios e o submarino dentro de um estaleiro cheio de navios militares. A Marinha italiana poderia não gostar e nós respeitamos ao máximo o que nossos anfitriões pediram. Como eu queria poder filmar e fotografar como se constroe um hélice pra mostrar os detalhes que reduzem a cavitação.
As imagens estão guardadas no nosso córtex.
Por isso digo que senti muita inveja… Poder andar lá por dentro deve ter sido fenomenal.
Foi sim. É impressionante.
Bardini,
Oportunidade única e rica em conhecimento. Pessoas com muito conhecimento no assunto compartilhando conosco… isso não tem preço!
Você poder caminhar entre duas FREMM e uma PPA em construção é surreal.
Abs,
Obrigado ao DAN por compartilhar esta visita conosco. A Fincantieri sai na frente pelo programa Tamandaré por ter sido parte da elaboração do projeto com a Emgepron e também pela afinidade do Giverno Italiano com o futuro Presidente, mas terá que apresentar um custo e condições de financiamento compativeis e competidor. O futuro a classe FREMM é um sonho, mas bem calculado que pode se tornar realidade. Chama atenção o passadiço baixo na super estrutura. Alguma razão para isso?
Parabéns Padilha e Wiltgen pela matéria e pelo site. Cada vez melhor.
Grande abraço
Obrigado pelo elogio.
Obrigado!
Parabéns pela matéria, sensacional. Padilha e Wiltgen desbravando o estaleiro. Eu sou fã da Marinha italiana (pequena, eficiente e navios modernos) e da fincantieri.
Uma dúvida, esse tal navio: novíssimo PPA (citado na matéria), essa classe de navios já tem nome ou será chamada de PPA? Legal que as pessoas chamam esse navio de OPV, sendo que ele tem 6 mil toneladas (muitas pessoas estão acostumadas a correlacionar OPV com navios de baixa tonelagem, até 2 mil toneladas).
Esse LSS é um navio muito bonito, quantos serão construídos para a Itália?
Então a Itália vai ficar com 10 FREMM, quantos PPA? 4 submarinos U212A (mais 2 em consturção?), o Cavor e o Giuseppe garibaldi? Não está faltando navios realmente de patrulha para a Itália? Talvez 1 dezena de navios iguais aos que eles construíram para o Catar – classe ABU DHABI. O próprio defesaaereanaval tem matéria desses navios.
O nome da classe dos PPA, se não me engano, ficou Paolo Tahon di Revel… Estavam decidindo esse nome para a classe do novo LHD, mas pelo que me lembro, ficou como nome da classe dos PPA. Mas não sei de cabeça ao certo.
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O PPA é basicamente uma Fragata de Patrulha… É um baita de um navio. É o verdadeiro Emprego Geral.
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Os italianos construíram apenas 1 LSS, mas os franceses, ao que tudo indica, vão comprar 4 destes navios pelo programa FLOTLOG.
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Os italianos construíram seus U-212 em lotes de 2 unidades. Estão negociando a aquisição do 5º e o 6º submarino.
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O Garibaldi vai dar baixa em questão de poucos anos. Vai ser substituído pelo novo LHD. Os LPDs deles também vão dar baixa gradativamente. Parte dessas baixas, também entram na conta de ser substituído pelo LHD que está em construção.
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Existe a Marina Militare e a Guardia di Finanza… A Marina Militare tem alguns OPVs na faixa de 1,500t, que serão substituídos pelos 7 PPA no futuro. Corvetas e Fragatas também entram na conta dos PPA. O PPA é aquele navio que visa fazer mais com menos $$$…
A Guardia di Finanza tem vários patrulhas menores, incluindo barcos. Inclusive, compraram um projeto de OPV da DAMEN para ser construído na Itália que estão entrando em serviço por agora. Baita Patrulha…
Serão 7 PPAs. Não nos passaram os nomes. Apenas 1 LSS, o Vulcano e um novo LHD.
Padilha e Bardini, obrigado pelas respostas. Muito bom!
A marinha italiana descomissionará o nae V/stol Giuseppe Garibaldi em 2022, 3 lpd classe San Giorgio até 2021, e dois destroyers Durand de la Penne em 2024. Em caso de vitória da Ficantieri, seria razoável cogitar a negociação destes meios?