Durante o período de 16 de junho a 3 de julho, o 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1) deslocou duas aeronaves AF-1 para a ALA-10 da Força Aérea Brasileira (FAB), em Parnamirim-RN, com o objetivo de cumprir a campanha de emprego ar-solo.
O VF-1 contou com a primeira aeronave biplace modernizada recebida pela MB, o AF-1C N-1022 (Falcão 22), para a realização da campanha. A presença da aeronave fez com que a retomada das atividades fosse feita de maneira mais segura e fluida, uma vez que dois pilotos, que dividiam o cockpit, se requalificavam e se adestravam durante as missões.
Foram realizados voos de emprego de armamento ar-solo, no estande de tiro de Maxaranguape, sendo empregadas 74 bombas de exercício (BEx-11). O treinamento serviu, além do adestramento dos pilotos, para a aferição do sistema de pontaria da aeronave modernizada em seus diversos modos e proporcionar correções no software, para o pronto emprego operacional da aeronave.
Também foram realizados voos de adestramento em ataque terrestre, navegação a baixa altura, voos por instrumentos e requalificação de novos pilotos na aeronave AF-1C.
O Destacamento Aéreo Terrestre foi composto por 40 militares, sendo apoiado por uma aeronave da FAB e transporte terrestre do Centro de Intendência da Marinha em São Pedro da Aldeia. Este tipo de deslocamento também demonstra a capacidade expedicionária do Esquadrão VF-1 e da Aviação Naval em poder operar a partir de diversas bases.
O apoio da FAB, com suas instalações, pessoal e aeronave, contribui também para a interoperabilidade entre as forças.
CRUZEX
A campanha de emprego ar-solo, além de elevar a capacidade operativa do Esquadrão VF-1, também faz parte do programa de adestramento para a preparação da operação CRUZEX, que será realizada no mês de novembro deste ano.
Trata-se de um exercício que conta com a participação de aeronaves de caça de diversos países, inseridos em ações de defesa aeroespacial.
FONTE e FOTOS: MB
Li uma vez uma reportagem com um militar da marinha antes do inicio de execução desse projeto.O mesmo dizia que se essas aeronaves passassem pelas mesmas modernizações dos F-5M, daria uma guinada nos meios de defesa aérea da marinha, e que consequentemente colocaria uma pulga atras da orelha de qualquer possível força invasora.
Desculpem minha ignorância no assunto, gostaria de saber se isso é uma realidade com esses aviões modernizados, pois fiquei com algumas duvidas e la vão elas:
1- Esses aviões teriam radares e poderiam operar misseis BVRs? Porque acredito que apenas os Americanos, Franceses e Ingleses, teriam condições de atacarem com PA, e seus meios são bem superiores aos da nossa Marinha.
2- Esses aviões poderiam disparar misseis, anti-navios, teriam eles, equipamentos necessários para fazer a procura de navios hostis em mar aberto?
3- Esse projeto de modernização, serviria somente para manter doutrinas?
Já que não temos um PA, sou a favor da marinha possuir uma aviação de caça baseadas em solo, e que essa ficasse com o incumbência de interceptação de aviões e navios no mar, para que pudéssemos preservar nossa força aérea.
Abs.
Atirador vamos lá.
1 – Sim. Com o radar instalado a aeronave pode disparar mísseis BVR.
2 – O míssil anti navio precisa ser integrado na aeronave. Já se sabe que o Exocet e grande demais. Então terá que ser outro.
3 – O projeto de modernização não foi concebido para manter doutrina e sim adequar a aeronave para o uso de armas e equipamentos eletrônicos modernos.
Fora no ambiente ” Centrado em Redes” , que a MB vai ter esta experiência : datalink etc …e o uso de Vant´s também . Ótimo !
Ótimo agora a MB participando da Cruzex , será fantástico o aprendizado na arena BVR e ar -solo , pena a anti navio ficará pra mais tarde acredito .
O esquadrão VF-1 deve ser mantido operacional com os A-4, pois os pilotos podem e devem treinar a capacidade ar-solo para apoiar o corpo de fuzileiros navais, e também é possível treinar ataque ar-superficie contra belonaves a partir de bases em terra e não esquecendo nós temos uma pista, ou seja um Nae fixo que é a ilha de Fernando de Noronha que pode servir de apoio as aeronaves do VF-1 para operações naquela latitude, e não esquecendo em breve a Marinha vai receber aeronaves de reabastecimento próprias o que amplia a capacidade dos A-4, quanto ao armamento anti-navio o Brasil a médio prazo pode desenvolver uma versão do MANSUP ar-superfície, é eu sei que é caro desenvolver e integrar o missil à aeronave, mas não se pode abandonar uma capacidade porque não temos um NAe, quem sabe se em futuro próximo ou mais além poderemos ter um Nae, aí teriamos que desenvolver toda a capacidade perdida se abandonarmos agora essa capacidade. Sou contra abandonar todo o investimento feito até agora, mantenha-se como for possível, dentro dos recursos que temos no momento, até porque a FAB vive reclamando que fica sobrecarregada , tendo a Marinha uma aviação específica para apoiar seus meios melhor do que depender da FAB ou sobrecarrega-la, deixando a mesma para cumprir suas tarefas de defesa áerea (diga-se superioridade aérea, transporte, SAR,etc…sobre o continente (digo sobre Terra) e a Marinha fazer suas atribuições sobre o Mar.
O que matou a modernização ao meu ver é que não ouve um incremento nas capacidades de armamentos das aeronaves, ai sem um NAE é com armamentos dos anos 50/70 qual o valor militar de se marter? ai vão me responder Manter a capacidade da MB com operação de assas fixas. Mas ai vem uma nova indagação? sem uma perspectiva de NAE a longo prazo e quase irisório manter essas aeronaves em vista que se um dia sair verba para um NAE provavelmente terá que se refazer toda a doutrina de emprego para operação de uma possível nova aeronave visto que provavelmente as atuais não terão disponibilidade visto longo o tempo entre um possível novo NAE. Infelizmente o desejo de se manter o VF-1 parece mais coisa de saudosista e entusiatas do filme TOP GUN que sonham com uma versão no Brasil.
Acho que tem também, somado ao que você falou, o medo da Marinha de perder o conhecimento que adquiriu com caças.
Lembra que até a década de 90, a tinha que ter alguém da força aérea pra controlar aviões de asa rotativa no porta-aviões da marinha?
Marinha deve temer que, sem aviões, é capaz de novamente perder essa prerrogativa pra Força Aérea.
Não vejo isso acontecendo, mas suponho que isso seja um fator também.