Única mídia especializada presente no evento da Marinha do Brasil no Centro Experimental de Aramar, o DAN mostra mais detalhes do LABGENE
Por Guilherme Wiltgen
No dia 08 de junho, a Marinha do Brasil proporcionou uma visita ao Laboratório de Geração Nucleoelétrica (LABGENE), durante a cerimônia de Lançamento da pedra fundamental do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e Início dos testes de integração dos turbogeradores do LABGENE.
O LABGENE é parte essencial do Programa Nuclear da Marinha (PNM), ele é o protótipo, em terra, da planta nuclear do futuro submarino com propulsão nuclear brasileiro (SN-BR).
Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE)
O LABGENE foi concebido como um protótipo, em terra e em escala real, dos sistemas de propulsão que serão instalados no futuro Submarino Nuclear Brasileiro (SN-BR), a fim de possibilitar a simulação, em condições ótimas de segurança, da operação do reator e dos diversos sistemas eletromecânicos a ele integrados, antes de sua instalação a bordo do SN-BR.
Outro ponto importante a ser destacado é que, pela sua característica dual de utilização, o LABGENE servirá de base e de laboratório para outros projetos de reator nuclear de potência no Brasil.
As Seções do LABGENE
O Laboratório de Geração Nucleoelétrica (LABGENE) foi projetado para ser formado pelas seguintes Seções:
Bloco 10 – Freio Dinamométrico
Bloco 20 – Motor Elétrico da Propulsão
Bloco 30 – Turbogeradores
Bloco 40 – Reator Nuclear
Por ocasião de nossa visita, foi possível observar a fase atual do Projeto do LABGENE e o início dos testes de acionamento dos Turbogeradores (Bloco 30).
Na sequência, será realizada a integração destes com os demais equipamentos auxiliares dessa Seção. Durante essa fase, o vapor que acionará os Turbogeradores será gerado por uma caldeira de vapor saturado seco, a qual será substituída, em 2021, por um equipamento produtor de vapor acionado pela energia térmica gerada pelo Reator de Água Pressurizada (PWR).
Quando em plena operação, o LABGENE será composto de uma planta nuclear com 48 Megawatts de potência térmica, capaz de alimentar todos os subsistemas necessários para a propulsão de um submarino.
Essa potência é o suficiente para iluminar uma cidade de aproximadamente 20 mil habitantes.
Programa Nuclear da Marinha
O Programa Nuclear da Marinha (PNM) foi iniciado em 1979, em razão da necessidade estratégica do País possuir submarinos com propulsão nuclear. Concebido para utilizar tecnologia totalmente nacional e independente, o Programa foi dividido em duas vertentes: o domínio do ciclo do combustível nuclear e o desenvolvimento de uma planta nuclear de propulsão naval.
Atualmente, graças ao PNM, o Brasil domina o ciclo completo do enriquecimento do Urânio e está construindo, na cidade de Iperó (SP), no Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), um Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE).
Verifica-se, assim, a indissociável ligação entre o PNM e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, o PROSUB.
O combustível nuclear é fabricado a partir do urânio natural, encontrado em abundância no Brasil, que detém uma das maiores reservas desse minério no planeta.
Fruto do PNM, a MB contribui de forma decisiva para possibilitar a produção pelas Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB) de parte do combustível nuclear utilizado nas usinas Angra I e II.
Além disso, por meio de atividades e projetos desenvolvidos pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em parceria com universidades, institutos de pesquisa e com a indústria nacional, o Programa vem trazendo elevados ganhos em tecnologia e desenvolvimento científico numa área reconhecidamente sensível.
Atualmente, mantém-se a previsão de início do comissionamento do LABGENE para 2021, sendo observados avanços significativos no que tange o andamento de obras civis dos prédios e da infraestrutura que compõem o empreendimento.
Entre nações existem interesses e governantes competentes devem preservar a soberania plena. “Não é porque você é uma boa pessoa, que o tigre não vai atacá-lo por ser vegetariano.Bruce Lee. Desde os meados do século passado o Brasil, procura desenvolver o refino do uranio, necessários para aplicação em diversas areas tecnologicas e segurança. Sofreu embargo dos E.U., com traições e foi enganado ao adquirir sistema de refino na Europa(Alemanha?), já sabiamente ineficaz. Somente com astucia dos militares brasileiros em ludibriar o patrulhamento alienigenas(E.U.), é que foi possivel desenvolver as atuais centrifugas. Alguns desinformados ou ativistas traidores alardeam que poderiamos desenvolver o conhecimento e depois, se necessários, fabricar as armas de defesa.Ora, diante da real cobiça secular ,sobre as riquezas, desta nação continental, que nos foi legada de nossos antepassados com muitas lutas e sangue, e não por geração de acovardados e acomodados, como fabrica-las se já tiver sido invadida, como esta ocorrendo por nossas fronteiras,sorrateiramente, no meio de refugiados diversos, por mercenarios e terroristas. A Ucrania é lição recente, de ser negligente e de como perder territorio, para leões nucleares ou rapinas! Nas grandes imigrações ao Brasil, visando os governos resolverem seus problemas sociais internos, vieram anarquias italianos e espanhois, que provoveram anarquias e paralizações, na cidade de são paulo e Betim.
Entre nações, existem somente interesses e governos competentes devem zelar pela soberania plena”.”Não é por você ser boa pessoa, que um tigre não vai atacá-lo, sendo vegetariano.Bruce Lee”. o Barbaro Breno, na invasão de Roma, diante das reclamações dos altos impostos que exigia, disse: “ai, dos vencidos”. Quando da “guerra da lagosta”, no nordeste, com apreensão de navios franceses, que pescavam lagostas, ilegalmente, a França, mandou um navio de guerra para resgatá-los, inclusive, os franceses, alertaram o Brasil, de que possuiam armas nucleares. A marinha mandou navios para repelir tal afronta. Como os navios de guerra brasileiros eram alocados dos Estados Unidos, este advertiu o governo brasileiro de tal situação e de que não poderia usa-los para enfrentar o navio de guerra frances, em razão da França ser uma nação amiga. A França forneceu aos ingleses os códigos dos misseis “exocet”, que tinham vendidos para a Argentina. Alguns inocentes alardeam que deveriamos apenas desenvolver a tecnologia e se for preciso fabricar os armamentos de defesa. Ora, é o mesmo raciocinio do fazendeiro que, conhece como fabricar uma espingarda, e vai fabrica-la, no dia em que os “msts”, ja ocuparam sua fazenda! kkkk
Prezado Cícero. Tomara que Deus não atenda seu pedido, pois o poder obtido pela força, além de instável, custa muitas vidas e as nações que você mencionou são prova disto. Meu entendimento é que a diplomacia é bem mais trabalhosa mas gera melhores resultados. Lembre-se que a Alemanha não poaaui exército, mas negocia de igual para igual com qualquer país e que Costa Rica também não, mas a qualidade de vida lá e superior à de muitos países persuavisamente potentes. Sou a favor de Submarinos para vigiar nossas fronteiras, mas nunca para ameaçar outra nação.
Muito bom, valeu Wiltgen… o que me chamou a atenção é que praticamente a metade do espaço físico do submarino é ocupado pela planta de propulsão e suas complexidades eletro mecânicas , belo trabalho e torço para que de resultado
Não creio ser necessário que o Brasil se torne uma “terrível potência militar “. Basta que tenhamos forças armadas modernas e capazes de dar pronta resposta a qualquer agressão para que um eventual inimigo pense 10 vezes antes de se aventurar contra nós.
É seguro mostrar essas imagens ao público?
Edilson,
Se não fosse, a MB não teria me autorizado fotografar…
Abs,
Este programa é a prova da resiliência da Marinha do Brasil em desenvolver esta tecnologia. Programa iniciado em 1979 que atravessou diversas crises e governos, contingenciamentos e toda sorte de maré contrária. Uma planta em terra é importante mas não suficiente para simular as condições de vibração, pressão e temperatura em imersão. Os sistemas de geração de oxigênio e dessalinização da água serão nacionais ou comprados dos Franceses? Embora os recursos sejam escassos acredito que uma segunda unidade de SBN deveria já estar sendo encomendada. O NAe Charles de Gaulle (42,5 t) opera por dois geradores Areva K15 de 150MWt (PWR). Portanto um futuro NAe nuclear Nacional teria que evoluir este reator de 48MWt para este patamar de potência. Nada impossível. Parabéns pela reportagem! Toda a força aos submarinos nacionais. Estão ai nossa negação do mar territorial nacional.
Não necessariamente, poderiam usar um arranjo 6 ou 8 reatores de 48MW em vez de 2 similares ao Areva K15já que os motores de deslocamento são elétrico.
Espero que não sejam entregues mais tarde as tecnologias desenvolvidas aqui, a pretexto de “País nao-agressor”.
Incrível!! O gerador é capaz de alimentar uma cidade de 20 mil habitantes!!! Nessas horas que a gente imagina o quanto de energia é necessário para que o submarino se locomova.
Bela reportagem! Parabéns…
Seria possível esclarecer o porquê do atraso na construção do bloco 40? O bloco 30 está praticamente pronto. Enquanto isso, o bloco 40, onde ficam o reator, geradores de vapor, pressurizador, não foi nem iniciado. Por sinal, nem o prédio do bloco do reator foi finalizado.
Deus queira que o Brasil um dia se torne uma terrível potência militar para conseguir intimidar qualquer exercícito inimigo. Atualmente os maiores poderios militares são Estados unidos. Rússia e China
Bela surpresa. Realmente as obras avançaram bastante. Projeto de suma importância além que esse laboratório proporcionará maior segurança quando da aplicação de todo o conjunto no sub nuclear.