Por Danilo Oliveira
Representantes da Marinha e da indústria naval esperam que, até agosto, o governo dê uma posição sobre a proposta de alocação de até 10% dos recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para construção e manutenção de navios militares. A proposta atualmente está na Casa Civil e pode virar medida provisória ou projeto de lei, porém a definição depende de decisões governamentais. O percentual da receita anual do fundo pode representar recursos, não reembolsáveis, na ordem de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões por ano. Com esse alento, a Marinha terá mais capacidade para executar manutenções em embarcações e construir novos navios, em especial algumas classes como navios-patrulha, hidroceanográficos, de pesquisa e polares.
O contra-almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, diretor de gestão de programas da Marinha, destacou que o setor vive um momento importante com a expectativa de obtenção de recursos oriundos do FMM e da capitalização da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Ele acrescentou a importância de uma sequência de negócios para aumentar a segurança do mercado para investir no setor de Defesa. Petronio disse que investimentos regulares e perenes no mercado representam desenvolvimento da cadeia de suprimentos e geração de mão de obra.
O diretor acredita que as corvetas classe Tamandaré são uma oportunidade para a indústria entender na prática o que a Marinha pretende com esse projeto. “Temos consciência de que é mudança cultural na própria Marinha e junto ao mercado. Esse processo precisa ser iniciado. Estudamos o que se faz lá fora e precisamos discutir e customizar para realidade do Brasil”, disse o contra-almirante Petronio durante o 1º Seminário de Manutenção de Navios Militares, promovido pela Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena) e pela Diretoria Industrial da Marinha (DIM).
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) defendeu que a construção naval brasileira é demandante de mão de obras e recursos, o que requer atividade de longo prazo e política de Estado. O vice-presidente da Abimaq, Marcelo Campos, lembrou que o Brasil teve recentemente uma das maiores carteiras de projetos navais e offshore do mundo e que os estaleiros nacionais chegaram a empregar 85 mil trabalhadores e hoje empregam menos de 15 mil pessoas.
Ele disse que projetos como as corvetas e navios-patrulha vêm para suprir um hiato que a indústria vive nos últimos anos. “As demandas que a Marinha apresenta são salutares, positivas e devem acontecer baseadas em políticas de Estado. Não temos como pensar construção naval sem dar plano de longevidade”, analisou. O vice-presidente da Abimaq ressaltou que a arrecadação sem investimentos em novas embarcações impede a geração de empregos e o desenvolvimento da indústria de fornecedores.
Campos contou que o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, viu a medida com bons olhos e adiantou que é esperada uma reunião entre o governo e representantes da indústria para tratar do tema, o que deve acontecer nas próximas duas semanas. O vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Agostinho Serafim, disse que está tentando junto ao governo aprovar o mais rápido possível essa medida que permitirá a realocação de recursos do FMM.
Para o presidente da Sobena, Luis de Mattos, o repasse do FMM para navios militares será uma medida legal, que acontece de forma semelhante em outros países. Ele explicou que muitas vezes esse dinheiro vai para um fundo e deixa de ser aplicado em melhorias para o setor. Ele defendeu que uma indústria naval forte é bom para a Marinha e vice-versa. “Essa medida da Marinha ter acesso a recursos do FMM está 20 anos atrasada”, afirmou.
FONTE: Portos e Navios
opa ,,, mandei um comentario e acho que nao foi,,, entao vai outro,,, padilha , vindo de vc me deu um pouco de vergonha do meu comentario ,,, realmente foi mais critica mesmo,,, nada tecnico ok ,,, mas sabemos que as veses por causa de atrazos de verbas (as veses nem chegam) e pelos cortes no orçamento , as forças armadas teem que tirar leite em pedra pra sobrevier , e este aporte financeiro citado na materia , vem sim em bom momento , mas tbem sabemos que talvez possam utilizar tais aportes para outros fins nao e ? isso acontece muito no brasil , em todas as esferas , mas realmente me perdoe pois nao e deste assunto que trata a materia , e como eu disse foi so critica mesmo de brincadeira ,, ok ,,, desculpem ai pela brincadeirinha rsrsrs padilha , saiba que adoro seu site e leio todos os dias,, sou leigo e aprendo muito aqui com vcs ,, vez em quando dou uns pitacos mas respeito muito meus limites e nao tenho a intençao de atrapalhar a ninguem ,, muito obrigado a todos vcs .
No geral este recurso deve ser usado, pelo seu volume relativo, em navios militares mas não de combate.
E parece pelo texto que é o sentido da medida.
250 a 300 milhões de REAIS não fazem nem cócegas nas necessidades de navios de linha e combate da Esquadra…
Nesta fase de penúria e compras de oportunidade, manter uma carteira de construção de pequenas e médias unidades militares navais já é um enorme alento…
este recurso vai virar mais 1000000000 de aposentadorias ricas na marinha ,, e navio mesmo que e bom ,,, naaaaada,,,
Fico na dúvida se você escreveu por ignorância ou maldade…
caraiiii
gostei dessa paca
Vanicio, seu comentário carece de conhecimento do assunto em questão.
A Marinha do Brasil deveria ser beneficiada com royalties da exploração do pré-sal para poder dar continuidade aos seus programas estratégicos. É uma ideia simples e viável e já deveria ter sido aprovada por algum projeto de lei, mas infelizmente nosso país é conduzido por um bando de raposas interessadas em depenar o Estado e o povo brasileiro.
Interessante idéia , tomara que evolua , o ideal neste montante seria contemplar os royalties do petróleo que nos foi roubado , e colocar a disposição da MB na construção de navios , e aquisição de meios .