Saltar de paraquedas em um veículo de combate não é uma missão qualquer: pular de 800 metros de altura em um veículo de várias toneladas e esperar até que o paraquedas abra soa mais do que arrepiante. A Sputnik conta como a “infantaria com asas” russa realiza tais tarefas e por que nenhum outro exército do mundo se atreve a repetir a façanha.
Desembarque em veículos blindados é um processo perigoso e muito complicado. Mesmo militares com muita experiência precisam fazer um curso. Tropas aerotransportadas fazem treinamentos em poltronas especiais fora dos veículos, treinando as poses especiais que se deve tomar dentro das máquinas — apertar os cintos de segurança, comprimir a cabeça e as costas à poltrona.
“Falando em geral, hoje em dia apenas a Rússia possui a tecnologia de desembarque de pessoas em veículos blindados. Os outros não se atrevem.”
Primeiro lançamento
O primeiro desembarque de um veículo de combate com tripulação aconteceu em janeiro de 1973 na região russa de Tula desde um avião de transporte militar An-12.
Segundo recorda o participante daquele primeiro voo, Aleksandr Markelov, o veículo primeiro se inclinou em 135 graus da horizontal e depois, em estado de imponderabilidade, os militares se viraram de cabeça para baixo. Mesmo assim, os soldados estiveram prontos para combate em todas as etapas do desembarque e o veículo pousou com êxito com ajuda dos paraquedas.
Tempo é vida
Porém, o sucesso foi alcançado após vários anos de treinamentos e testes.
No início dos anos 70, o desembarque era realizado separadamente — primeiro lançavam os veículos e em seguida os militares, que saltavam de outro avião. Mas este método tinha uma grande desvantagem — a tripulação podia aterrissar a cinco quilômetros do seu próprio veículo e depois gastar um tempão para buscar o material bélico e ativá-lo, reduzindo-se a eficiência das tropas. A única solução que podia ser encontrada era lançar os veículos junto com a tripulação.
Já no verão de 1971, as Tropas Aerotransportadas da Rússia começaram a desenvolver um sistema de paraquedas especial, denominado Kentavr (Centauro, em português): cinco paraquedas, de 760 metros quadrados cada, se abriam logo após o veículo ser lançado do avião, permitindo a aterrissagem do blindado, instalado sobre uma plataforma.
O sistema foi testado com sucesso com manequins e cães. No entanto, o Ministério da Defesa achava o projeto arriscado demais: caso o paraquedas falhasse, todos os soldados dentro do veículo perderiam as chances de sobreviver. Para convencer o então ministro da Defesa, Andrei Grechko, que o desembarque de veículos não era perigoso, o comandante das Tropas Aerotransportadas, general Vasily Margelov, recorreu a uma medida drástica: indicou seu filho, Aleksandr Margelov, como um dos participantes de tal desembarque.
A operação deu certo e, no fim de 1972, o ministério acabou aprovando o sistema Kentavr. Mas este ainda tinha imperfeições e não estava pronto para combate em condições reais. Em primeiro lugar, o sistema pesava mais de duas toneladas (mais as sete toneladas do próprio veículo blindado). Além disso, o transporte e carregamento do Kentavr nos aviões exigia muito tempo e esforços.
Modificação crucial
Para aperfeiçoar o processo, o sistema recebeu uma versão mais ligeira e sem plataformas que foi batizada de Reaktavr. A cúpula leve desta tinha apenas cerca de 540 metros quadrados. O sistema é montado e transportado no próprio veículo blindado, enquanto a velocidade de pouso (que atinge 25 m/seg) é reduzida praticamente a zero por motores a jato.
O Reaktavr passou com sucesso por testes em 1976 e foi incorporado posteriormente nas forças armadas. Nos anos 90, o sistema foi mais uma vez modificado, permitindo desembarcar um veículo com toda a tripulação.
Outros países ainda não possuem sistemas para desembarcar material bélico com soldados dentro. Há informações que os franceses tentaram repetir o sucesso das tropas soviéticas. Para experimento, foi convidado um criminoso condenado à morte. Em caso de o teste ter sucesso, os franceses lhe prometeram indulto. No entanto, o voluntário morreu.
FONTE: Sputnik
Embora não seja a mesma coisa, creio que o EB já fez pelo menos em exercícios algo similarmente incrível que foi o lançamento de blindados tripulados de avião de tranporte pela rampa traseira com o avião dando um rasante numa área plana.
Se não me falha a memória os blindados de lagartas tinham uma estrutura de pranchas de madeira para o deslisamento no lançamento que se “desmontava” quando o blindado, já em terra, tracionava suas lagartas…
Se outras forças no mundo fazem isso eu não sei, mas achei isso bem impressionante…
Então a Otan já sabe , se verem caindo armatas do céu podem atirar que dá recheado de burros , kkkkkk
Meu amigo lagartinho de ínfimo cerebelo tão desatento não entende que a VDV não opera Armata
Duvido que Israel,EUA e Grã-Bretanha já não executaram tal façanha! Só não fazem publicidade…De toda forma se não o fazem é porque a vida nestes países CIVILIZADOS tem valor ao contrário desses russos.
Tinha um vídeo de exercício de forças ocidentais em que se via nitidamente diversos problemas no desembarque aéreo, coitado de quem estivesse dentro daqueles veículos rsrsrs
Procura no youtube “us army failed paradrop”
Quem conhece sobre assuntos de Defesa sabe que a URSS era a única potência capaz de lançar tropas aerotransportadas com equipagens embarcadas em seus blindados. Isto é um fato. Como é um fato conhecido não faz sentido algum atacar o meio informativo, no caso Sputinik, sendo que tal comportamento, não minha perspectiva, só pode ser atribuído a uma aversão de fundo ideológico. Aversão esta, diga-se, motivada pela hostilidade crescente praticada pelo ocidente, com uso massivo de mídia, contra a Federação Russa, herdeira da URSS.
Já as pessoas que possuem mente sã não ligam para isso, procuram apenas pela informação bruta que é do seu interesse. Uma pessoa consciente conhece a lente ideológica com a qual vê o mundo e ajusta, com o uso da razão, os filtros necessários para o ajuste da percepção de mundo, a fim de se não acabar com a distorção, ao menos minorá-la. Uma das formas, é junto com o uso da razão, procurar pela informação bruta, fugindo das opiniões publicadas.
😉
Coisa de louco, mas ao que parece dá certo.
as tropas aerotransportadas da Rússia conhecidas como VDV possuem um comando totalmente independente da VKS ou do do exército e seus blindados da série BMD são produzidos especificamente para o assalto aéreo. O grande diferencial além desses que citei é que a VDV faz o lançamento já com a tripulação dentro do veículo em posição de combate, podendo ser lançado já na linha de frente ou na retaguarda do inimigo estrangulando sua linha de suprimentos e fechando um cerco rapidamente… isso é excelencia na arte da guerra, exército treinado e construído para VENCER GUERRAS não para LAMBER A B@#@#@ DE POLITICO LADRÃO.
O sucesso russo neste sistema de pouso de blindados advém da tecnologia ESPACIAL RUSSA.
Ao contrário dos americanos que recuperavam suas cápsulas espaciais no mar os RUSSOS sempre as aTERRissavam em terra mesmo usando retrofoguetes para pousar suas cápsulas Vostok, Voskhod e Soyuz.
Tecnologia própria e com a conhecida coragem local de fazer o que outros temem e chamam de loucura russa… 🙂
Eu gosto de ler o Sputnik Brasil, mesmo sabendo que é fantasioso, a gente tem que saber filtrar as notícias, mas é uma boa fonte sim, pode exagerar, mas é uma boa fonte e tem fotos interessantes, não vejo nada demais reproduzir algumas matérias aqui, o pessoal reclama de tudo, é de graça e livre minha gente, só vê quem quer!!!!
A Sputnik é um veículo de imprensa feito por jornalistas russos, portanto os erros e exageros deles ocorrem pelos mesmos motivos que jornalistas como o Roberto Godoy do Estadão dão barrigadas e inúmeros jornalistas americanos exageram dando super-trunfos dos F-35 da vida e outros equipamentos yankees que não se confirmam mas os fanboys juram mais fervorosamente suas palavras como verdade que os crentes quando falam de versículos bíblicos ou fundamentalistas xiitas quando falam em passagens do Alcorão.
Fanatismo é isso aí…
Correto, mas no mínimo vcs deveria procura saber se a informação passada pelo site é verídica, para em seguida poder colocar em seu site que tem grande credibilidade por parte dos leitores e, não pegar qualquer coisa que outra site publique e colocar aqui ( principalmente se for da sputnik). Se não, dessa forma vc só estaria espalhando fake.
Filipe, respeito sua opinião mas me reservo do direito de não concordar com você. Me aponte uma fakenrws do site em questão.
Eu não sei o porquê o site Defesa Aérea & Naval está reproduzindo tantas reportagens do site estatal russo Sputnik, ele não é um site de propaganda estatal e não serve de referência para matérias de qualidade. Pois suas matérias são muitas vezes ideológicas que técnicas.
Corrigindo a mensagem anterior: o Sputnik é um site estatal não independente.
Não reproduzimos tanto assim. O Sputnik é um site de notícias e tem assuntos interessantes, os quais reproduzimos aqui para QUEM quiser ler. Sabemos que muitos não apreciam a linha do mesmo, e por esta razão não reproduzimos com frequência. O DAN reproduz notícias de várias mídias, e o Sputnik é uma delas. Ser um site estatal ou não, não é impeditivo para postarmos. Se não agrada, basta não ler, pois temos muitos outros tão interessantes quanto.
Em relação a menção dos franceses abaixo é mentira! Pelo simples fato que paises da União Europeia proíbem a pena de morte entre os seus menbros, podendo apenas aplicar a prisão perpétua. Logo sabe-se que é mais uma mentira por parte do Sputnik! Recordando que a França pertence a UE desde 1960, sendo um membro fundador da organização.
Difícil a França pertencer a UE desde 1960, já que ela só foi instituída pelo Tratado de Maastricht, assinado1992 – o que tinha antes era a Comunidade Econômica Europeia . E as políticas sobre direitos humanos, incluindo a pena de morte, são de 1998. Então, não sei se a menção aos franceses no texto é mentira ou não, mas devemos ter cuidado ao sair julgando de maneira frívola – corremos o risco de enfrentar mentira com mentira…. 😉
A pena de morte só foi abolida da França em 1981,mas a última execução de um condenado se deu em 1977, embora a matéria a cima não mencione o ano em que o suposto teste francês com o também suposto condenado se deu, conclui-se que há um erro de raciocínio de sua parte meu caro Felipe ! Grande abraço !