Negociações estão avançadas e divisão na participação das companhias na nova empresa está definida; composição do conselho ainda é entrave
Por Tânia Monteiro e Luciana Dyniewicz
BRASÍLIA e SÃO PAULO – As negociações entre o governo brasileiro e a Boeing para a criação de uma nova companhia entre a maior fabricante de aeronaves do mundo e a Embraer estão “muito avançadas”, segundo fontes próximas às tratativas ouvidas pelo Estado. A divisão na participação da nova empresa deve ser de 80,01% para a americana e de 19,99% para a brasileira, modelo que o governo brasileiro não abre mão.
A joint venture envolverá apenas a área de jatos comerciais da brasileira, ficando de fora as partes militar e executiva. O acordo está aquém do que pretendia a norte-americana, que tinha planos de levar todos os negócios da Embraer
Nesta quinta-feira, 19, uma nova reunião de trabalho com equipes dos Ministérios da Defesa e da Fazenda foi realizada, em Brasília, para discutir a oferta apresentada pela Boeing. O grupo é composto também por representantes do Comando da Aeronáutica e do BNDES. O banco detém, por meio de sua empresa de participações, a BNDESPar, 5,4% do capital da Embraer.
Detentor de uma golden share (ação que dá direito a veto em importantes decisões) na Embraer desde a privatização, em 1994, o governo federal tenta buscar um consenso antes de a proposta ser encaminhada pelas empresas ao presidente Michel Temer.
Como o Estado informou, um dos pontos que ainda estão em discussão é a participação de um representante brasileiro no conselho de administração da nova companhia. A Boeing é contra. A reportagem apurou que se esse for um dos únicos pontos de entrave ao negócio, o governo pode ceder e ficar sem representantes no colegiado. Há, porém, forte pressão da área de militares para que o governo não ceda nessa questão.
Fábricas. De acordo com uma fonte com conhecimento das negociações, as grandes questões entre governo, Embraer e Boeing já foram definidas e só estão na mesa agora pontos considerados menos importantes, como definir a situação das fábricas da brasileira que desenvolvem produtos tanto para a área comercial como para a militar da Embraer.
Embora as conversas estejam caminhando bem, o acordo não deve ser fechado e anunciado na próxima semana porque o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, estará fora do País.
O interesse da Boeing é reforçar, com a aquisição, sua atuação na aviação comercial de médio porte, segmento no qual a Embraer figura entre as três maiores fabricantes mundiais. O acordo, que envolve, por exemplo, a fabricação de aviões de 150 lugares, está em negociação desde o ano passado, quando a Airbus surpreendeu o mercado global ao anunciar a compra de 50,1% do programa de jatos comerciais da Bombardier.
Depois de concretizado o negócio com a Boeing, a marca Embraer usada nos jatos comerciais deixaria de existir, permanecendo apenas nas aeronaves produzidas pela Embraer Defesa, como KC 390 e o Tucano. A proposta de associação prevê que Embraer Defesa detenha participação minoritária na receita da nova empresa, criada a partir da junção da Embraer com Boeing.
Procurados, Embraer, Boeing e governo não comentam.
FONTE: O Estado de SP
FOTO: Ilustrativa
COLABOROU: Manoel Flavio
Precisamos de uma intervenção militar. Mas quem vai intervir nos militares. Somente Jesus na causa. Absurdo. Vende o Bradesco o monopólio bancário. Colocamos 100 iguais no lugar. Mas NUNNNNNCAAAAAAA a EMBRAER !!!!!!
Mas a desgraça somente é concluída porque tem interesse do Titio , nossos militares Colonizados com qualquer outra nação , nem conversariam , a Colonização de nossos militares e políticos é uma desgraça nacional , começa em 1889 e se afirma entre 1893/94 , procurem na história verdadeira , e não na curricular aquela que se deixa contar pelas castas colonizadas militares e políticas , a 129 anos deixamos de procurar a Liderança e nos tornamos esta Nação TRAÇO ZERO , uma Nação de castas Corporativistas , que avançam em nosso orçamentos , têm o melhor padrão de vida e inigualável no mundo , gozando de aposentadorias nababescas , onde os militares também se incluem , fazendo do povo brasileiro pária de salários baixíssimos e impostos altíssimos , com suas Castas agarradas nos americanos , e sempre têm desculpas prontas para submeterem a nação a eles !!
E brasil não tem jeito quando pensamos que vai querer crescer vem o tropeço , sempre tem aquela desculpa medíocre , que empresa tem que evoluir bla, bla agora a boeing levou o filé mion , já não vai vir mais nem o nome embraer em seu carro chefe , com isso a boeing ganha folego e um porte folio de primeira em sua prateleira e a embraer vai ter que investir em novos produtos até quando o dinheiro dessa venda existir e torcer agora para os seus produtos militares tenha boas vendas, caso o contrário a falência é inevitável sem falar que na área militar as vendas é bem mais complicado e o governo brasileiro é uma tartaruga na hora de contratar estes tipos de serviços vai ser um deus nos acuda , no campo de jatos executivos a concorrência é maior e mais sensível a crise politicas e economicas , se a empresa tivesse mais coragem continuava com o seus produtos são bons de venda , tinha uma boa recepção , tinha bons mercado e não tinha o que temer frente a concorrência , pois ia chega um ponto que ela seria uma referencia de mercado , quem lucrou nessa situação foi só os acionistas , como falou um diplomata israelense brasil um anão diplomático agora uma anão econômico . infelizmente .
Finalmente os políticos venderam a segunda maior empresa brasileira em exportação e $$$ e a primeira no ranking em tecnologia agregada, agora que a balança comercial vai cair de vez. Com isso a Boeing tira do caminho um potencial concorrente, A Embraer é uma empresa extremamente eficiente e não corre o risco de fechar em 10 anos isso é balela da globo ou de que falou isso para eles
Duvido que o governo Americano deixe alguém comprar a Boeing.
Adeus empregos no Brasil , lamentável .
Alguem vai ganhar mensalinho!! Resta saber quem é …
é Rafael…daqui a alguns anos talvez saberemos… “negócio” e “negociata” são sinônimos no Brasil…infelizmente… Torço que mão-de-obra brasileira não seja perdida nisso, ou seja, que nenhum brasileiro perca o emprego enquanto “alguns” ganham uns milhões por debaixo dos panos… ideal mesmo seria uma fábrica da Boeing por aqui – mas isso é praticamente impossível.