Após 51 anos de serviços prestados à US Navy, o porta-aviões USS Enterprise (CVN 65) vai ser desativado em 1 de dezembro de 2012, em uma cerimônia a ser realizada na Estação Naval de Norfolk.
A cerimônia será o último evento oficial público do navio, e servirá como uma celebração da vida para o navio e os mais de 100.000 marinheiros que serviram a bordo. Os detalhes da cerimônia ainda estão sendo finalizados, no entanto, milhares de veteranos do navio são esperados para participar do evento.
Comissionado em 25 de novembro de 1961, é o oitavo navio a ostentar o nome Enterprise, o “Big E” é o primeiro navio-aeródromo movido a energia nuclear.
Um veterano de 25 deployments para o Mar Mediterrâneo, Oceano Pacífico e Oriente Médio, o Enterprise atuou em quase todos os mais importantes conflitos. Desde a crise dos mísseis em Cuba em 1962 a seis deployments em apoio a Guerra do Vietnã, durante a Guerra Fria e a Guerra do Golfo, o Big “E” estavava lá.
Em 11 de setembro de 2001, abortou o retorno a sua Base, após um longo deployment, devido aos ataques terroristas, se deslocando imediatamente para o norte do Mar Arábico. Big ‘E’ entrou mais uma vez para a história quando lançou os primeiros ataques de apoio directo a Operação Enduring Freedom.
Julio…
são de difícil remoção sim, mas, precisam ser removidos e enviados para local apropriado e isso exigirá grandes cortes no
casco e conveses não valendo a pena reconstruir o navio.
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Tal reconstrução seria muito cara e teria que ser “bancada” e mantida por uma organização particular já que a US Navy não tem dinheiro sobrando para isso, e só daria autorização para um eventual conversão em museu se tal organização garantisse que o navio seria reconstruído e convertido para museu o que implica grande soma de dinheiro e um local adequado fosse encontrado para ele.
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Recentemente o ex-USS Ranger que por muitos anos foi considerado como uma proposta viável para um museu foi enviado
para ser desmantelado no Texas justamente porque a organização responsável não conseguiu os recursos e/ou garantias que mencionei acima para a US Navy .
Só acho lamentável um navio com tamanha história ser desmantelado, se pelo menos isolassem os reatores (ouvi dizer serem de difícil remoção) e o transformassem em museu flutuante em alguma cidade costeira norte americana seria muito bom.
Essa é uma mentalidade que demorou para ser extinta pelos brasileiros Jon, mesmo se tratando do Entrerprise – que seria vendido para quem quer que seja sem o reator é claro. Voltando ao porta-avião, será que o cruzador Long Beach (o navio que está no meio nessa foto) será desativado também? Além de ser o primeiro navio de superficie nuclear, também foi construído justamente para proteger o Enterprise.
Uma curiosidade sobre o porta-avião é que ele possue 8 reatores!, dois para cada um dos quatro eixos – caso não tenha sido substituido em um processo de modernização (o Long Beach tem dois reatores); o que nos dá uma idéia do quão caro foi esse navio, não só por ser uma embarcação de grande porte, mas por ser um porta-avião. Os navios da classe Nimits possuem dois reatores, só que mais potentes do que o do Enterprise. Cada um produz 130.000 cavalos contra 35.000 de cada reator do Enterprise e com duração de 13 anos (Nimits).
Construir e operar uma grande frota de porta-aviões ja não é para qualquer um, e se tratando apenas de porta-aviões nucleares não deixa dúvidas do poder desse país – isso sem falar de outros navios, incluindo submarinos SSBNs e SSNs.
Ué, não vai aparecer ninguém pra sugerir aproveitar a “oportunidade”?