Por Alexandre Gonzaga
Recife, 15/12/2017 – “É um feito histórico, pois é a primeira vez, em quase 90 anos, que temos a instalação de uma fábrica de munições de uma empresa estrangeira no Brasil”, afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante a cerimônia de assinatura de Protocolo de Intenções entre o governo do estado de Pernambuco e a presidência da indústria suíça RUAG AMMOTEC, na manhã desta sexta-feira (15), em Recife.
“Nós estamos descentralizando uma planta de produção de armamentos para a região Nordeste, especificamente, para o estado de Pernambuco. O governo Paulo Câmara fez o dever de casa, colocando a indústria de defesa dentro do Prodepe (Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco), isso significa uma extraordinária vantagem”, disse Jungmann.
Ainda de acordo com o ministro, um outro aspecto chama atenção. “Por razões históricas toda a concentração da produção de armamentos e munições no Brasil está no Rio Grande do Sul”, comentou.
O governo Paulo Câmara fez o dever de casa, colocando a indústria de defesa dentro do Prodepe. Jungmann também lembrou o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa. “Nós conseguimos que os produtos da Base Industrial de Defesa pudessem ser financiados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste e demais Fundos que temos na região. A vinda da RUAG pode ser o início do processo de um conjunto de empresas voltadas especificamente para a Base Industrial de Defesa, que representa 3,7% do PIB, com aproximadamente 60 mil empregos diretos e 240 mil indiretos, que compreende desde alimentação, vestuário, aeronaves e navios”, relatou o ministro.
Em conversa com jornalistas, Jungmann disse a vinda da RUAG para o Brasil é um fator gerador de novos capitais, tecnologia e competitividade. “É Fundamental agregar conhecimento e produtos de boa qualidade”, acrescentou.
A instalação da multinacional RUAG no Brasil representa um passo importante para abertura de mercado, redução de preço de munições para forças policiais (graças à produção nacional) e geração de emprego e renda.
O Protocolo de Intenções para a construção da RUAG foi assinado entre o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e a presidente da RUAG no Brasil, Maria Vasconcelos. A estimativa é que a produção se inicie o ano que vem. Em Pernambuco, a meta é produzir calibres para armas pequenas como 9 milímetros, ponto 40 e 380, com um investimento inicial de R$ 58,5 milhões. Fundada em 1995, a empresa europeia conta com 12 fábricas em todo o mundo e emprega 9 mil pessoas.
FONTE: MD
Histórico seria nós fazendo nossas próprias coisas . . . .
CBC ta ai…. Fabricamos a tempo, e qual o problema da Ruag se instalar aqui? Muito mimimimi…
Boa tarde, Gilberto Rezende,
Quero aproveitar esse espaço para comentar sua postagem, para isso, peço licença a todos.
Você fala em “entreguismo”, expressão com a qual não concordo.
Sou Policial Militar faz 15 anos e, em nome do não-entreguismo, já presenciei diversos incidentes e acidentes com armas de fogo em minha corporação, durante treinamentos e durante a atividade policial. Em nome do “não-entreguismo” nossas pistolas disparam sozinhas (sem acionamento da tecla do gatilho), disparam ao cair, mesmo com a tecla de segurança acionada; disparam em rajadas, mesmo não possuindo essa função; nossas armas soltam peças e estouram os canos durante o treinamento. Em nome do não-entreguismo, nossas armas são absurdamente pesadas, mal acabadas e praticamente impossíveis de se portar senão no coldre ostensivo. Por tudo isso, nós policiais somos vitimados e vitimamos inocentes diariamente em todo país.
Agora, peço vênia e pergunto a você: se o seu veículo, conduzido por você, tendo a bordo seus entes queridos, fosse abordado por policiais com armas em punho, apontadas para vocês, devido ao fato de minutos antes ter sido roubado veículo com as mesmas características que o seu, você se sentiria tranquilo, mesmo sabendo da qualidade das nossas armas? Você aceitaria essa situação em nome do não-entreguismo? Me desculpe, meu amigo, por usar um exemplo tão forte, mas isso ocorre! Temos que pensar nisso. Quando essas armas estão apontadas para as pessoas da periferia, é fácil falar em não-entreguismo, difícil é aceitar elas apontadas para nós ou para nossos familiares (nessa eu me incluo). Mais uma vez, peço licença para apresentar mais um exemplo a você: solicito autorização ao Comandante da minha Unidade para comprar munição e pago R$ 400,00 (quatrocentos reais) em uma caixa com 50 unidades; essa mesma munição é vendida nos EUA por U$$ 20,00 (vinte dólares) a caixa!!! Isso mesmo! Agora eu pergunto a você: qual policial, nas instituições policiais estaduais, compra munição desse preço para treinar? Você acha que as instituições policiais tem dinheiro suficiente para comprar munição a esse preço para treinarmos? Não, não tem! No meu caso, efetuo em média 20 (vinte) disparos a cada 02 (dois) anos! Isso mesmo, 20 (VINTE) disparos! Devemos concordar com esse estado de coisas, em nome do não-entreguismo? Sei que estou sendo redundante, mas retornemos ao exemplo da abordagem supracitado. Sabendo que as armas das instituições policiais funcionam da forma que narrei e sabendo do treinamento que recebo em uma das policias militares mais tradicionais do Brasil, em nome do não-entreguismo, você ficaria tranquilo durante uma abordagem policial?
Por fim, deixo uma reflexão a todos: em nome do não-entreguismo, temos o preço dos combustíveis mais caros do mundo, recebemos serviços públicos medíocres e consumimos produtos que, quando comparados a outros países, nos deixam envergonhados. Será que o ideologia não-entreguista não é uma forma dissimulada para se manter privilégios de pequenos grupos, os quais massacram a população e oprimem o povo? Devemos pensar seriamente sobre isso! Um abraço a todos.
Ótima abordagem Marcelo Dias, acho que vocês policiais estão muito mal preparados e todos sabem disso mas eu colocaria uma outra situação para pensar no seu exemplo quando vocês abordam o carro no caso do seu exemplo o que aconteceria com o policial que deveria estar apontando a arma para o carro e não estava e sai de dentro um monte de ladrão atirando e mata e fere um monte de policial e pessoas na volta ou então uma outra situação o mesmo policial fica com a arma apontada para o carro e a arma dispara sozinha atingindo uma pessoa entro do carro, uma pessoa inocente, o que fazer, aponta ou não aponta a arma pro carro, o que fazer? Simples não permite que chegue as mãos dos policiais um armamento que não funciona, não temos que nos preocupar se aponta ou não aponta a arma pro carro, temos que nos preocupar em termos material que funcione e assim deve ser em tudo, inclusive na política onde eles procuram desviar nossa atenção dos reais problemas, não interessa se foi golpe ou não o que interessa é a roubalheira e a incompetência na administração pública, nem vou escrever mais pois a lista de incompetência e roubo foi grande.
Marcelo Dias, o senhor foi perfeito em suas colocações.
Felizmente, aparentemente está caindo o castelo da CBC/Taurus e suas munições e armas de baixa qualidade e altíssimo preço!
A Taurus é um problema RESOLVIDO com sua aquisição pela CBC. Os problemas relatados com as armas Taurus se deviam aos empresários anteriores da empresa em concluio com políticos e oficiais da sua corporação (em São Paulo ?) que aceitaram armas defeituosas ou de padrão de qualidade insuficiente.
A situação dos policiais vitimados não difere em substância dos OUTROS consumidores brasileiros que compram leite adulterado ou anti-concepcional ou remédio genérico sem princípio ativo ou carros como o FOX da multinacional Volkswagen que comem o dedo dos usuários.
A solução é fazer certo, fiscalizar e não aceitar subornos, no caso da PM paulista (por supuesto) eram seus coronéis e os políticos do PSDB paulista que NUNCA ouviram (ou deram CRÉDITO) as queixa que vocês e INÚMEROS policiais relataram na última DÉCADA e NUNCA (estes “líderes” compraram armas da IMBEL ao invés da Taurus. PORQUÊ ?
Entregar o mercado de munições do Brasil para a Ruag suíça não me parece A solução para o Brasil como país. MANTER nos seus postos os políticos e CORONÉIS paulistas responsáveis pelas aquisições das então insuficientes armas Taurus responsáveis por tantos acidentes que já sabemos TAMBÉM não me parece justo.
Se tínhamos problemas com as armas Taurus, em relações a MUNIÇÕES nunca tivemos problemas pois a CBC é uma das maiores e mais eficazes fabricantes de MUNIÇÕES do mundo inclusive adquirindo outra fábricas.
Se a tua organização POLICIAL não te dá munição para trabalhar e TREINAR é mais grave ainda.
Engraçado tua argumentação admitir que organizações policiais “não tem dinheiro” para fornecer munição aos seus policiais, coisa que o petista aqui acha INCONCEBÍVEL. Me parece que és vítima de uma espécie de síndrome de Estocolmo policial.
Mas de modo geral os paulistas tendem a enxergar estes problemas como se nada tivessem a ver com seus governantes e líderes policiais a DÉCADAS.
No tucaniquistão a culpa é sempre do PT ou dos OUTROS…
Se não és paulista mas de outra PM de outro estado não se altera o argumento básico.
Afinal PMs de qualquer querência tendem a adotar a opinião conservadora e são sequer capazes de enxergar que são na maior parte da sua atuação meros instrumentos de coerção sobre a população em favor da ELITE seja cumprindo decisões da nossa isenta justiça ou no seu dia-a-dia exercendo uma atuação que transforma qualquer um divergente da imagem de cidadão modelo (branco, rico e bem vestido) num potencial meliante PPP, pobre, preto e petista…
Divergimos frontalmente neste quesito, mas isto é democracia… AINDA.
A não ser que seu próximo argumento venha acompanhado do cassetete…
Que coincidência a fábrica se instalar no estado do MInistro, já não basta ter de aturar um cidadão com curso “incompleto” de psicologia, 5ª suplente de deputado federal, ter de comandar a pasta da defesa, vergonha!!!
Nossa! “Coincidentemente” a empresa de munições se instalará no estado de origem do ministro da Defesa…!!!
Amigo ! Queremos preços justos isso sim ! Acho um absurdo uma pistola custar 5 mil reais ! Se essas munições forem superiores e com melhores preços eles devem mais é ficar e se expandir ! Se fosse por isso a Uber devia ser expulsa do Brasil pq os táxis estão aqui a mais tempo com seus preços abusivos em grande parte !! A cbc que precisa se adequar ao mercado e não o mercado que precisa se adequar a cbc !! ( Isso vale pra Taurus e Imbel )
Um feito histórico do entreguismo do PMDB, que tal entregar a CBC para a RUAG suíça seu Raul…
Bem do feitio desta gente…
Se ORGULHAR desta vergonha neo-liberal-colonial…
Gilbertinho…. A esquerda destruiu este país moral e economicamente. Nao tem moral para falar nada. Nada.
Lá vem vc os chavoes de sempre (entreguismo, neoliberal, colonial, blablabla).
No governo do PT este pais foi governado por uma organizacao transnacional, o Foro de SP, que decidia todas a politicas daqui, da Bolivia, Venezuela, etc. Petistas e esquerdistas nao tem moral nenhuma para falar isso aqui. Coloque-se no seu lugar.
Será que o governo da Suíça permite a instalação de uma CBC em território Suíço? Vamos deixar de comprar munição de uma empresa nacional para comprar de empresa estrangeira ! Indústria de defesa com tecnologia que ainda não temos isso eles não querem fabricar aqui
O seu carro é de uma empresa estrangeira, seu filho come e bebe em lanchonetes estrangeiras, sua tv e de uma empresa estrangeira, seu celulçar e de uma empresa estrangeira! Qual problema de usar munição de uma empresa estrangeira?
É isso aí mesmo, viva as coisas estrangeiras, só estou esperando a chegada total para mudar meu nome para Joni Bil Carturaite . . . acho um barato este nome, e já imaginou eu andando na rua e alguém ao longe me chama, Ei Bil . . . a glória.
Opa cara, provavelmente eles já compram munição da CBC faz muito tempo.
Fora do Brasil ela é conhecida como magtech, a CBC é uma das maiores fabricantes de munição do mundo.
Até pq, temos a CBC né?! Mas antes era munição porca, munição Made In Brazil não servia pra nada… Era uma porcaria, vamos comprar de fora… Agora chega umas empresa de munição e a reação é? Entreguistas, taxistas e blablabla e muito mimimi… Parem de chorar! Assim abre a concorrencia, e vence o produto melhor, legal né? A CBC atende os reuisitos ou perde, a Ruag atende o requisitos ou perde, e assim vai, só pq temos a CBC não quer dizer mercado fechado.