Por Luiz Padilha
Logo após a realização de testes no Rio de Janeiro, a DGS Defence enviou sua mais nova embarcação para o Pantanal, afim de testá-la no ambiente para a qual foi projetada.
Para a realização destes testes, a DGS Defence obteve autorização do Comando do 6º Distrito Naval, para que a DGS 888 Raptor participasse da “Operação Pré Fronteira Sul”, onde a embarcação seria posta à prova pelo Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa). Após sair do Rio de Janeiro em 15 de junho e percorrer quase 2.000 kms, a Raptor chegou no dia 19 de junho a cidade de Ladário-MS.
Na chegada, a equipe da DGS rapidamente colocou a Raptor no rio Paraguai e, após deixar a embarcação preparada, embarcou com o Comando da Flotilha do Mato Grosso (ComFlotMT) no navio da Marinha do Brasil, NTrFlu Almirante Leverger (G 16).
No dia seguinte, o NTrFlu Almirante Leverger suspendeu junto a outros meios da Flotilha do Mato Grosso para a Operação Pré Fronteira Sul. A Raptor seguiu a contrabordo do navio descendo o rio Paraguai até 120 km de distância da sede do 6º DN, onde então se iniciou a Operação.
Para poder realizar operações de combate e segurança de meios ribeirinhos, e assim mostrar sua capacidade de emprego, a Raptor foi equipada com uma metralhadora .50 na prôa e uma MAG 7,62mm na pôpa, para em seguida embarcar os Fuzileiros e participar efetivamente das missões a ela destinadas pelo ComFlotMT.
Após a ambientação dos militares com a embarcação, a Raptor foi enviada para realizar o batimento de margens para a proteção do Corpo Principal da Força Tarefa (FT), para logo em seguida realizar infiltração de tropa em Local de Desembarque Ribeirinho (LocDbqRib) sob visibilidade reduzida.
Em diferentes momentos da Operação, a Raptor embarcou diferentes números de Fuzileiros, podendo em todas as ocasiões, demonstrar sua alta versatilidade, quando em dado momento embarcou 19 FNs à bordo.
No dia seguinte a Raptor participou ativamente do ataque contra alvos inimigos fluviais e ataque coordenado, com desembarque de 18 fuzileiros na área determinada pelo ComFloMT.
No terceiro dia da Operação, a Raptor foi enviada para realizar apoio de fogo ao Assalto Ribeirinho e apoio à proteção da Base de Combate Fluvial. Os disparos com a .50 foram executados demonstrando a excelente estabilidade da embarcação durante as manobras efetuadas pelos Fuzileiros, ressaltando que a Raptor durante todo o treinamento, foi pilotada pelo pessoal da Flotilha do Mato Grosso.
Confirmando sua excelente estabilidade e manobrabilidade, a Raptor desenvolveu altas velocidades, chegando até 38,5 kts carregada e com consumo aferido de 1km/litro de óleo diesel.
A Raptor possui a capacidade de alta velocidade e consumo adequado, graças ao excelente motor FPT N67 Diesel e seus 500HPs, que não por acaso, é o mesmo motor que equipa os caminhões IVECO Tector e a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP-MR) Guarani, ou seja, um motor com facilidade de manutenção a toda prova.
Não vou fazer comparações com as lanchas colombianas e a CB 90. Pois sou favorável aos projetos nacionais, desde que bons, e com preços justos. Se o pessoal da MB gostou , o governo deve comprá-las. Simples assim.
Muito Bacana, já tive a oportunidade de ver essa maravilha de perto aqui na minha cidade.
Padilha, a 2 dias ia perguntar deste teste, e vc já fez está bela reportagem,
Só espero que haja pedidos firmes e em ótimo número para que seja desenvolvido novas versões.
Abraços
Ela receberá up grades para ficar melhor ainda. Só posso adiantar que os operadores gostaram bastante dela.
Parabéns pela reportagem, Padilha!!!
Quanto à lancha, como ainda é o primeiro projeto, ainda tem muito que avançar, como uma maior proteção, por exemplo, dos atiradores (eles são os principais alvos de embarcações artilhadas). De resto, muito bacana!!!
Sobre a CB90 sueca, a opção mais em conta são as LRP40 colombianas, da qual já possuímos quatro unidades (duas na MB e duas no EB). Esperava-se mais unidades, mas até o momento não tem acontecido na a respeito, acredito que seja falta de grana, pois demanda existe
Até mais!!!
É isso aí, Marco. Guerra é guerra.
Não dá para brincar.
A lancha parece ser boa.
Mas poderia ser muito melhor.
E esse pessoal da marinha e do exército começar a agir.
Certamente a droga entra à vontade.
Ja vi essa embarcacao de perto no Rio e.achei otima! So sugeriria para a guarnicao de proa da. 50 ficasse menos exposta, o melhor de tudo seria alem da visao IR uma torreta automatica na proa. Sabemos que snipers teriam vantagem sobre uma guarnicao exposta isso em rios seria um cenario comun
Assistindo o vídeo apareceu atender muito bem,Superando a DGS 777 no q diz respeito a capacidade de desembarque de tropas equipadas estabilidade e velocidade estou aguardando a chegada da raptor 888 aqui no Rio Pará bravo zulu
Alguém sabe o que aconteceu com aquelas lanchas que o EB e MB compraram da Colômbia? Elas não foram aprovadas?
Na minha opinião, a empresa deveria ir até o fim.
Se por acaso algum detalhe não agradar, que faça alterações.
Acho que as forças armadas precisam de equipamentos assim.
Coisas relativamente simples mas “modernosas”.
Não há nada de outro mundo nesta embarcação.
Mas talvez as nossas forças armadas não tenham algo similar.
Velocidade, manobrabilidade, capacidade de navegar em locais de difícil acesso.
Talvez uma versão menor também…
O motor de um guarani não é demais?
Acho que já deveria vir com uma proteção fixa blindada…
Muito bom, espero que MB adquira um bom lote delas para operações ribeirinhas. Excelente embarcação.
Padilha,
.
bom vídeo, a trilha ficou ótima, em relação ao sistema DGS 888 me parece satisfatório para o que se propõe(interceptação, patrulha em zonas ribeirinhas e transporte leve de tropa).
.
Ao meu ver o único senão nesta operação de teste do equipamento, ficou por conta do detalhe da não utilização da blindagem removível….
.
Grato
Para um primeiro teste ela foi muito bem. As placas de blindagem serão usadas na sequência.
A marinha do Brasil, e o exército brasileiro, tem interesse em comprar essa lancha DGS 888?
Essa é uma info que não tenho.
valeu Padilha, sim, grato pela informação!
Parece ser muito boa essa embarcação para o que foi projetada!
Padilha
lembro que o exército testou a CB 90, o que aconteceu? o exército não aprovou?
abraço
Muito cara apesar de ser excelente, e tem o problema de manutenção, pois em rios a ingestão de folhas e pancadas em troncos é constante, então na minha opinião ela não foi escolhida por isso. Mas com a Raptor sendo fabricada no Rio de Janeiro e ser produzida por uma empresa EED, as coisas ficam mais fáceis para o operador.
Espero ter lhe atendido.