Por Guilherme Wiltgen
A Fragata Greenhalgh (F 46), ex-HMS Broadsword (F 88), é o quarto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh, morto na Batalha Naval de Riachuelo.
Foi construída pelo estaleiro Yarrow Shipbuilders Ltd., em Scotstoun, Glasgow, na Escócia. O contrato de compra da Greenhalgh, de suas três irmãs e mais três Varredores da classe River, foi de aproximadamente US$ 170 milhões (£ 100 milhões) e foi assinado entre o Governo Brasileiro e o Ministério da Defesa Britânico (MoD) em 18 de novembro de 1994, com as transferências ocorrendo a medida que foram dando baixa da Royal Navy.
A Greenhalgh foi incorporada a Marinha do Brasil em 30 de junho de 1995, em cerimônia realizada em Plymouth, Inglaterra, quando nesta ocasião, assumiu o primeiro comando o Capitão de Mar e Guerra João Carlos Alves da Silva.
Seu atual Comandante é o Capitão de Fragata Marcello Ferreira da Cruz.
NOTA do EDITOR: Um pouco de história da nossa Greenhalgh:
No inicio de abril de 1982, a então HMS Broadsword, partiu em direção ao Atlântico Sul, juntamente com a Força-Tarefa Britânica, para participar da operação “CORPORATE”, para reconquistar as Ilhas Falklands (Malvinas), invadidas pela Argentina.
Na tarde do dia 25.05.82, por volta das 15:30hs, duas ondas de ataque da Força Aérea Argentina conseguiram driblar a defesa antiaérea dos navios ingleses, sendo o HMS Coventry atingido por três bombas e afundando em aproximadamente quinze minutos, perdendo também 19 dos seus tripulantes.
A Broadsword também foi atingida por uma bomba em seu convoo, que arrancou o nariz do helicóptero Lynx que se encontrava “spotado”, penetrando o navio e, felizmente, saindo pelo costado e caindo na água sem explodir. Mesmo danificado, o navio permaneceu operando, recolhendo ainda os 170 náufragos do Coventry. A própria tripulação efetuou os reparos necessários para permitir que navio continuasse a operar, inclusive com o seu segundo helicóptero Lynx, que não sofreu nenhuma avaria por estar hangarado no momento do ataque.
Regressou à Devonport em 23 de julho, tendo abatido quatro aeronaves argentinas, sofrendo pequenas avarias e registrando apenas 12 tripulantes feridos durante toda a campanha no Atlântico Sul.
Tive a honra de fazer parte da 1.a guarnição no Brasil e fazer parte do recebimento em Plymouth ( England).
Foi um grande aprendizado, o navio super confortável para os seus tripulantes e a tecnologia da década de 70/80 que era muito eficiente para a època.
Um show de organização a Royal Navy.
“De marinha”
André os ingleses invadiram as Malvinas no sec 19. Em outras palavras eles “roubaram” as Malvinas. Então eu na minha opniao reconheço elas como sendo da Argentina. . Malvinas.
Matheus acredito ser mais a questão da qualidade do projeto, pois já houve relatos de chapas podres que tiveram de ser substituídas outro exemplo é o relatado aqui no DAN do estado que se encontrava o Ocean na ocasião da visita de 2010.
o Seawolf são apenas para enfeite do navio ou estão operacionais? TKS
Operacionais
Pra você ver como a marinha Real conserva as suas embarcações
Tenho uma matéria de Tecnologia e Defesa que aborda justamente o primeiro ano de operação da Greenhalgh, onde trata do júbilo para nossa marinha e decepção para o almirante Sand Woodward, que comandou a força tarefa responsável pela retomada da ilha. O almirante reclamou da baixa dos quatro navios dessa classe alegando serem navios relativamente novos e valiosos, mas o governo cortou a verba por causa do fim da guerra fria simbolizada pela quedo do muro de Berlim.
Essa aquisição pela Marinha do Brasil foi uma “pechincha” custando US$170mi (cada um custando 42,5), incluindo sobressalentes. Com esse dinheiro mal daria para comprar uma nova na época, segundo a matéria. Esses navios foram empregados também na Guerra do Golfo em 1991. Outro ponto de destaque é o aprendizado com o controle de avaria herdado com esses navios para nossa marinha. “Para poder combater é preciso primeiro navegar”, sem falar da sobrevida da tripulação em um ambiente hostil como os mares.
Quero concluir dizendo que não reconheço o nome dessas ilhas como Malvinas, já que na prática pertencem ao Reino Unido, mas ninguém percebeu tal detalhe. Nada contra os argentinos, até porque não me interessa o dono daquele punhado de terra que não tem nada a ver com nossa soberania, mas ficar dando dois nomes para uma ilha que tem um dono oficial não faz sentido. É como se quisessem ficar remoendo um caso definido.
Fabio…
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não é oficial, mas, o que ouvi é que as baixas ocorreriam em 2019 e 2020 o que é um bom tempo, 40 anos, para navios
que não passaram por um “MODFRAG” como as “Niteróis”.
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Quanto à “Defensora” deve retornar em 2018.
Grande parte do arsenal que temos hoje foi providenciado no período militar.
Tem previsão de baixa da F-46 E F-49 e da volta da F41 Defensora??
Então com certeza é isso mesmo Padilha, afinal, nada deve ser desperdiçado.!
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Com relação ao que o Marcelo comentou…corrija-me se estiver errado, mas, as 4 fragatas fizeram parte de um contrato que
envolveu 3 varredores que aqui no Brasil foram convertidos para navios hidrográficos o “Taurus” sendo um deles…os outros
4 varredores foram convertidos em navios patrulha classe “Bracuí,” fizeram parte de outro contrato, então a informação do texto
estaria correta.
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abs
afirmativo
Na verdade foram 12 unidades de caças minas Classe River, sendo vendidos 7 para o Brasil , 4 para Bangladesh e 1 para o Suriname.
Trata-se de foto antiga…aqui mesmo no DAN há informações/fotos que tratam da substituição do MM 38 pelo MM 40 nas duas
fragatas remanescentes classe “Greenhalgh”.
Dalton, a F46 já esteve com MM40 e depois eu a vi com o MM38 outra vez. Deve ser questão de paiol.
Não sei porque a F-46 ainda uso o missil MM-38 exocet.?