A Estratégia Nacional de Defesa estabelece que as Forças Armadas mantenham suas forças estratégicas em condições de emprego imediato para atuação desde o tempo de paz. Nesse contexto, a Marinha do Brasil dispõe de uma Força de Emprego Rápido (FER), composta por meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, prontos para serem empregados no menor tempo possível, constituindo a primeira reação da Marinha, em caso de necessidade de emprego real.
Com o propósito de verificar a eficiência e a eficácia da FER, foi realizado o exercício Sinal Vermelho Um de 2017, no período de 22 de maio a 14 de junho, na área compreendida entre o Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). O Grupo-Tarefa constituído teve como missão, num cenário simulado, resgatar, se necessário, e evacuar 93 pessoas, nacionais e estrangeiros, entre homens, mulheres e crianças, da localidade de Itaóca (ES) para o porto de Vitória, a fim de salvaguardar a vida dessas pessoas até o porto de destino.
O Comandante da 2ª Divisão da Esquadra e o Comandante do 2º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais, designados, respectivamente, Comandante da Força-Tarefa Anfíbia (ComForTarAnf) e Comandante da Força de Desembarque (ComForDbq), desatracaram da Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ), no dia 1 junho, após serem acionados de forma inopinada para a fase de mar do exercício.
A Projeção Anfíbia foi realizada no período entre 1º e 14 de junho e executada pela Força de Desembarque (ForDbq). Militares do Centro de Medicina Operativa da Marinha (CMOpM) e da área de saúde do Comando em Chefe da Esquadra e do Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra, especialistas em Atendimento Pré-hospitalar e com múltiplas vítimas, também integraram o Grupo-Tarefa, desenvolvendo ações em terra e a bordo do Navio Doca Multipropósito (NDM) Bahia, em proveito das práticas médicas nas instalações hospitalares existentes no navio.
As ações voltadas para o dia “D” tiveram início ainda no dia 4 de junho, logo após o fundeio dos navios na Área do Objetivo Anfíbio, com a infiltração de Elementos de Operações Especiais para o reconhecimento da Praia de Desembarque (realizado pelo Destacamento de Mergulhadores de Combate); e de Locais de Pouso de Helicópteros, das Áreas de Reunião de Evacuados e do Centro de Controle de Evacuados (realizado pelas Equipes de Comandos Anfíbios).
A hora “H” ocorreu às 06h40, do dia 5 de junho, com a chegada dos Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf) à praia de desembarque em Itaóca. O Movimento Navio-para-Terra envolveu Embarcações de Desembarque, Helicópteros e CLAnf, dos quais tropas da ForDbq, desembarcaram do NDM Bahia e do Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) Almirante Saboia. Nessa ação foram empregados 300 fuzileiros navais, e aproximadamente 20 militares da área de saúde. Dessa forma, esses profissionais puderam exercitar táticas relacionadas à situação de pessoas sob risco de vida, nas condições mais próximas da realidade de pacientes a serem evacuados ou resgatados, tais como o atendimento psicológico e médico e a descontaminação contra agentes químicos, em terreno adverso e fora dos padrões convencionais utilizados por equipes de emergência nas grandes cidades.
A Força-Tarefa Anfíbia foi composta pelo NDM Bahia; NDCC Almirante Saboia; Fragata Liberal; Fragata Independência; Fragata Greenhalgh; e Rebocador de Alto Mar Almirante Guillobel; além de cinco aeronaves orgânicas: dois UH-12, dois UH-15 e um SH-16; e ainda, uma Embarcação de Desembarque de Carga Geral e duas Embarcações de Desembarque de Viatura e Material; um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais tipo Elemento Anfíbio; e um Destacamento de Mergulhadores de Combate. Atuaram, também, como Figurativo Inimigo, o Submarino Tupi e o Navio-Patrulha Gurupá. O total de militares, homens e mulheres, empregados no Exercício foi de dois mil e duzentos.
Encerrando o Exercício, o NDM Bahia e a Fragata Independência deslocaram-se para Salvador (BA) e o NDCC Almirante Saboia, a Fragata Liberal e a Fragata Greenhalgh para Vitória (ES), a fim de exercerem ação de presença em área marítima de interesse do Brasil e para participarem das comemorações do 152º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo, coroando de êxito mais esse emprego dos nossos marinheiros e fuzileiros navais.
FONTE: MB
Sera que no proximo ano teremos tambem um porta helicoptero neste tipo de desdobramentos?????
Interessante foi ver que nada ficou patinando, atolado, como alguns nato por aí.
Muito bom, pena que não tem verba para 10 ou 20 destas por ano
Padilha, grato pela resposta. Muito legal ver o Bahia sendo usado. Excelente aquisição da MB. Você saberia informar se esses CLANFs também serão modernizados?
Negativo.
Interessante.Esses já são os CLANFs modernizados?
Ainda não.